Face à situação de crise económica, social e espiritual da sociedade actual
Entre as prioridades pastorais da Diocese de Angra para os próximos anos, ficou assente a necessidade da formação para a missão e a sua actualização. “A Pastoral Social surge como uma prioridade, face à situação de crise económica, social e espiritual da sociedade actual, na recepção das três encíclicas de Sua Santidade Bento XVI e em atenção às mais recentes iniciativas da Igreja em Portugal, que visam aprofundar o especifico da Acção Social da Igreja. A pastoral familiar, a tocar todos os ciclos da vida, foi a prioridade apresentada” – sublinhou-se no Conselho Pastoral diocesano.
“A Igreja É Una, apesar da descontinuidade geográfica, porque tem um só Senhor, um só Evangelho, uma só Fé, um só Baptismo, um só Altar (Eucaristia), um só Bispo e o mesmo Espírito Santo”, salientou D. António Sousa Braga no âmbito do último Conselho Pastoral Diocesano, encerrado anteontem, e que assinalou os 475° Anos da Diocese de Angra.
A oitava Assembleia Plenária analisou o momento eclesial e social presente, avaliar o triénio sobre a proposta e transmissão da fé na sociedade actual e apresentar propostas para a planificação pastoral futura.
O Prelado disse ainda que a Igreja nos Açores: “é Católica porque é aberta a todos e está em comunhão com a Igreja Universal. É Apostólica, porque é a Igreja dos Apóstolos, cujo sucessor, entre nós, é o nosso Bispo e porque é missionária no quotidiano, exercendo a acção de ensinar a Palavra, cuidar e curar as feridas humanas e espirituais, e libertar a pessoa de todas as formas de escravidão, comunicando a Paz e o Bem”.
Referindo-se à projecção da acção da Diocese como “a Igreja de Cristo nos Açores”, D. António congratulou-se pela presença de membros representantes de todas as parcelas da Diocese, de todas as ilhas dos Açores, entre leigos, religiosos e presbíteros, revelando-se como o momento culminante da Semana Diocesana.
Necessidade de maior união
No que se refere à síntese feita a partir dos documentos preparatórios provindos das Ouvidorias, Movimentos e Serviços Diocesanos foi realçada a necessidade de “uma maior união, uma maior preocupação” com a formação, com a família, célula base da Igreja e como tal, da sociedade, e com os jovens, futuro da nossa Igreja.
Para atingir tal desiderato, o Bispo vê no papel dos padres “um homem de oração, caridade e estudo. Um interlocutor privilegiado da procura de Deus, que pratica o acolhimento, atenta às necessidades da paróquia, que esteja presente no mundo da educação, como forma de evangelização dos mais novos. Pastor à imagem de Jesus Cristo.”
Na avaliação da programação pastoral dos últimos três anos, dedicados à proposta e transmissão da fé na sociedade actual, salientou-se a proposta comum para toda a Diocese como factor de união e a procura da consciência e das implicações das mudanças socioculturais em acto na missão evangelizadora da Igreja.
Com Jornal «União»