«Ser esperança, viver esperança, é termos a coragem de seguirmos essa luz que é Jesus», afirma Gisela Baptista
Angra do Heroísmo, Açores, 20 nov 2025 (Ecclesia) – A coordenadora do Serviço Diocesano da Juventude de Angra (Açores) destaca que a prioridade pastoral se mantem a “proximidade com o jovem”, e na véspera de uma ordenação diaconal incentiva a “ouvir e respeitar esse chamamento”.
“O trabalho desenvolvido aqui na diocese tem que existir essa proximidade de jovem a jovem, de ilha a ilha, ouvidoria a ouvidoria. Nós somos uma diocese dispersa por nove ilhas e queremos apostar como linha mestra essa prioridade. As nossas principais prioridades são realmente garantir proximidade com o jovem: jovem a jovem, o jovem consigo mesmo, e na relação com o jovem com Deus”, disse Gisela Baptista, em declarações à Agência ECCLESIA.
A coordenadora do Serviço Diocesano da Juventude de Angra explica que este “trio relacional” vai ao encontro do programa pastoral, e do plano de atividades indica que à Jornada Mundial da Juventude 2025, que a Igreja Católica celebra num âmbito diocesano, este domingo, dia 23 de novembro, vão juntar o Jubileu dos Jovens, incentivando à peregrinação às igrejas jubilares em cada ilha.
O Serviço da Juventude de Angra preparou “um guião celebrativo para toda a diocese”, uma proposta para as várias ilhas/ouvidorias “adaptado a cada realidade”, com apresentação de três exemplos de santidade – São Camilo de Lellis, São Peter To Rot e Santa Gianna Beretta Molla -, e um caso real relacionado com essas áreas, das dependências, prisões e saúde, a peregrinação, confissões e acompanhamento espiritual, celebração, “momentos de confraternização”, e a explicação sobre o Ano Santo.
O Papa Leão XIV publicou a sua primeira mensagem para a Jornada Mundial da Juventude, com o tema ‘Vós também dai testemunho, porque estais comigo’, do Evangelho de São João (Jo 15,27), a responsável diocesana considera que o “grande destaque” é terem “coragem de ser testemunhas de Cristo”, não deixarem-se “desiludir pela divisão” do Arquipélago dos Açores, constituído por nove ilhas, “pelo desafio do mar”, tentarem “sempre unir”.
“Termos coragem de arriscar nas nossas ouvidorias, nas nossas freguesias, nas nossas paróquias. De arriscarmos e termos confiança em Deus. Saber que Ele não nos deixa sozinhos e realmente arriscarmos sendo verdadeiros missionários de Cristo no mundo. Como jovens, devemos viver em grande a nossa santidade, ouvir ou escutar aquilo que sentimos, a nossa verdadeira vocação, e só assim é que conseguimos realmente ser agentes de paz e de fraternidade”, desenvolveu.
Neste dia 23, a Diocese de Angra celebra a ordenação diaconal do seminarista Fábio Silveira, na Sé, na Ilha Terceira, a responsável da pastoral da juventude diocesana assinala a “grande importância”, indica que têm o papel de “mobilização dos jovens, de orientação, de alerta” para que ouçam também esse “chamamento” e o respeitem.
Neste ano pastoral 2025/2026, o Serviço Diocesano da Juventude também quer proporcionar “encontros de espiritualidade, nomeadamente Retiros”, as Ilhas de Santa Maria e São Miguel vão receber, e vão assinalar também várias comemorações, como a bênção dos namorados e dos noivos, “perto da data de São Valentim, no Convento da Esperança”, como fizeram a bênção dos estudantes, a 3 de outubro.
Gisela Baptista adianta que no sentido da “proximidade e escuta dos jovens” vão “em missão” dar continuidade à Assembleia Diocesana, o Encontro Diocesano de Jovens, este ano, na Ilha do Pico, e querem apostar também em férias missionárias.
Do plano estratégico, a médio e longo prazo, destaca-se a criação de conteúdos missionários e a “elaboração de projetos para missões locais e internacionais”, “a aposta na formação dos animadores juvenis”, o levantamento de projetos existentes para “mapear serviços e iniciativas juvenis, articular conteúdos”, e ser “ponte entre os jovens e essas iniciativas”.
No contexto do Ano Santo 2025, e do Jubileu mundial dos Jovens, celebrado em Roma e no Vaticano, como nas atividades diocesanas deste domingo, a entrevistada afirma que “há sempre um sentimento de renovação, quase como uma lufada de ar fresco”, porque são momentos de encontro que “proporcionam esta coragem de ser testemunhas vivas na missão no servir a Jesus”.
CB/OC

