Depois da JMJ Lisboa 2023, Fátima Jovem reúne movimentos, congregações e grupos de jovens para experiência de encontro que impulsione a «trabalhar em conjunto»
Fátima, 04 mai 2024 (Ecclesia) – Nuno Camelo, diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ) disse hoje à Agência ECCLESIA que os jovens que participam no Fátima Jovem vão ser desafiados a “reforçar o serviço e a missão”.
“Os jovens são convidados no Fátima Jovem a reforçarem a importância do serviço e da missão. Vão ter oportunidade de os viver no encontro e o desafio que fica é perpetuá-lo nas suas realidades. O cristão tem de estar permanentemente em missão e sempre alerta para perceber onde faz falta, que trabalho faz falta, quem passa mais dificuldades nas comunidades e de que forma a sua entrega pode fazer a diferença na vida do outro”, indicou o responsável.
Teve hoje início o Fátima Jovem, atividade organizada pelo DNPJ que congrega no santuário mariano jovens a partir dos 15 anos para um fim de semana de encontro orientado pelo chamamento: «Chamados por Maria, Chamados para a Missão, Chamados para a Festa”.
“O encontro quer congregar, depois da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, e o início de funções da equipa do DPNJ, para juntos reconhecermos que somos chamados individualmente mas temos de trabalhar em conjunto. Esse é o mote que nos lança para a vida, para a missão e serviço e, para nas realidades de cada jovem e de cada pastoral juvenil, acontecerem coisas que mostrem que Cristo está vivo”, sublinha o responsável.
Bruno Veigas, responsável pelo grupo de jovens «Parceiros», da Diocese de Leiria-Fátima, conta à agência ECCLESIA que foi a participação e adesão dos jovens à JMJ que fez reanimar o grupo e afirmar a sua participação no encontro em Fátima.
“A JMJ Lisboa 2023 foi uma agradável surpresa, e os jovens aderiram em força à participação. Este era o momento certo para retomar o grupo. Foi importante o espírito de união para continuar a reunir e viver a fé em conjunto”, indica.
O responsável explica que a vontade de participar foi grande apesar de recentemente os jovens se terem reunido na diocese, a presença em Fátima junto de participantes de outras realidades “e celebrar a fé”, foi um desafio aceite.
Laura Monteiro, com 15 anos, integra o grupo de jovens de «Parceiros» e explica estar a gostar da participação em Fátima, que lhe permite “conhecer a historia, conhecer pessoas de outros locais, socializar mais e contactar realidades de outros grupos”.
Juliana Barbosa, chega de Valongo de Vouga, em Águeda, e afirma a importância de juntar naquele local os jovens do país para conhecer a história que deu origem ao santuário.
“Esta peregrinação deveria ser anual porque é uma forma única de juntar os jovens a nível nacional, apesar de ter perdido alguma dimensão. Mas é importante chamá-los a Fátima para fazer estas experiências. Nas paróquias não conseguimos estes silêncios e estas experiências que Fátima proporciona”, regista.
Inseridos no programa do Fátima jovem que proporciona experiências de missão e voluntariado, Juliana Barbosa indica serem experiências recorrentes na sua paróquia.
“Fazemos parte do grupo que vai fazer voluntariado e na nossa realidade paroquial fazemos várias atividades pela paróquia e com outros grupos de paróquias vizinhas. Temos o hábito de manter relação próxima com outros jovens”, ilustra.
Vasco Matos, de Águeda, estreia-se no Fátima Jovem depois de ouvir vários comentários sobre a atividade e espera que seja uma “experiência de grupo diferente”, mas “algo parecido com a JMJ”.
Nuno Camelo dá conta da participação de 16 dioceses participantes para além de “congregações e movimentos que estiveram na organização do evento e se fazem presentes através dos jovens”.
O grupos de jovens de Vila Viçosa, da diocese de Évora, passou a tarde na Fundação Arca da Aliança, em contacto com uma população idosa.
Mariana Filipe, de Vila Viçosa, conhece na instituição uma realidade diferente da sua.
“É um momento em que posso perceber a realidade destas pessoas. Não contacto normalmente com estas situações, e partilhamos a nossa vida, trazemos o que nos trouxe a Fátima. Queremos que eles saiam da rotina, trazendo musica e jogos para animar a sala”, conta.
A participar no Fátima Jovem pela primeira vez, o grupo de jovens de Vila viçosa começou as suas atividades depois da JMJ porque, conta Mariana Filipe, foi uma semana muito intensa e à qual queriam dar continuidade.
“Esta tarde vai ter um impacto na minha vida, diferente do impacto que vai ter noutras pessoas, mas pode fortalecer-nos como grupo, dando mais importância à nossa vida e juventude”, traduz.
Ana Oliveira, assistente social da Fundação Arca da Aliança sublinha a importância das atividades intergeracionais e explica que o “retorno dos utentes é muito positivo”.
“A equipa dá muita importância às atividades que são uma mais-valia para os utentes – acreditamos faz a diferença ao utente naquele dia. Sentimos que é um tempo de companhia, diversão e uma distração para eles”, traduz.
O Fátima Jovem termina domingo, com uma celebração eucarística de envio, às 11h, presidida por D. Nuno Almeida, bispo de Bragança-Miranda e presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família.
CB/LS