Pastoral Juvenil: Jovens do Movimento Shalom querem assumir compromisso «mais ecológico» e promotor da paz

Atividade que juntou participantes de diferentes dioceses refletiu sobre tema «A Visão Crista do Mundo: Participação, Desenvolvimento e Paz»

Foto: Movimento Encontros de Jovens Shalom

Lagoa, Açores, 29 ago 2022 (Ecclesia) – Os jovens do Movimento Encontros de Jovens Shalom (MEJS), assumiram o compromisso de fazer opções “mais ecológicas” no seu quotidiano, quer no consumo mais responsável como em atitudes de “paz, respeito e união” nas comunidades.

“A nível individual produzir e consumir com responsabilidade; optar por produtos mais ecológicos; mudar a mentalidade de guerra, que existe no dia-a-dia, passando de um discurso de ódio e de individualismo para um discurso de paz, respeito e união, procurando ser a resolução de problemas nas nossas comunidades”, pode ler-se na Carta Compromisso, enviada à Agência ECCLESIA, assinada pelos participantes do Grande Encontro (G.E.) 2022, uma atividade que junta jovens de diferentes dioceses do país num encontro de uma semana.

Os participantes, vindos das dioceses de Lisboa, Coimbra, Braga e Angra, afirmaram a sua intenção de “promover reuniões abertas para toda a comunidade, sobre a dignidade humana, ecologia e a Paz”, através de atividades desenvolvidas pelos grupos.

O GE decorreu na diocese de Angra, em Lagoa, e juntou jovens em torno do tema «A Visão Crista do Mundo: Participação, Desenvolvimento e Paz», propondo aos jovens a reflexão de documentos da Igreja, como a encíclica «Laudato Si», mas também o texto «O Caminho da Ética: Ética Ecológica», da Fundação Cuidar o Futuro.

“A pergunta «O que Deus nos pede para fazer com o mundo que Ele nos coloca nas mãos?» serviu como mote para o início da discussão que levantou questões sobre a dignidade humana, ética ecológica e a paz no mundo, sob um olhar cristão”, pode ler-se no comunicado.

Foto: Movimento Encontros de Jovens Shalom

Os participantes “tomaram consciência dos desafios económicos, sociais, populacionais e ecológicos, dos anos 70 a 90, do século XX” para perceber que “as questões identificadas na época, não foram resolvidas”, procurando, desse forma, “encontrar soluções que deverão passar da teoria à prática”, na busca da “harmonia, respeito e a veneração entre todos os seres e não a vantagem do ser humano”.

Os participantes assumiram ainda a importância de se envolverem em “questões sociais e políticas”, mas também a necessidade de “angariar alimentos para Instituições / pessoas, dentro da zona geográfica de cada grupo”.

A partir das mensagens para o Dia Mundial da Paz, assinadas pelo Papas, os participantes afirmam ainda a centralidade do homem “como fonte de todos os conflitos”.

“Realizar uma corrente de Oração pela Paz, no dia 01/01/2023, num esquema único preparado pelos Coordenadores Diocesanos” e “diligenciar uma atividade nacional acerca de um dos temas abordados no GE de 2022”, são os pontos que encerram a Carta Compromisso.

“Saímos deste GE com a consciência que sozinhos não podemos solucionar as questões do mundo, mas que cada um, na sua individualidade, é uma peça fundamental para a mudança que queremos que aconteça”, finalizam os participantes.

Fundado em Angola, em 1967, o MEJS está em cinco dioceses portuguesas – Angra, Braga, Lisboa, Santarém, Viana do Castelo – e ainda no Brasil, em Fortaleza e Belo Horizonte, tendo como finalidade proporcionar aos jovens um crescimento integral nas dimensões humana, espiritual, pedagógica, social e cultural.

LS

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Agência ECCLESIA

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