Pastoral Juvenil: Igreja «deve apresentar propostas exigentes» – padre Eduardo Novo

Próxima grande atividade é o Jubileu dos Jovens dias 9 e 10 de setembro, em Fátima

Porto, 08 set 2017 (Ecclesia) – O diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ) afirmou que a Igreja “deve apresentar propostas exigentes” aos jovens, numa entrevista à Agência Ecclesia, na véspera de um encontro com mais de três mil participantes em Fátima.

“A Igreja deve apresentar propostas exigentes, concretas, ousadas, criativas, para se obter frutos, se ver formação e criatividade interior”, defendeu o padre Eduardo Novo.

O diretor do DNPJ explica que o papel do departamento, dos secretariados, movimentos e grupos juvenis “é semear” e não estar “tanto preocupado com os frutos” porque “isso é Deus”.

“Olhamos à nossa volta e vemos a grande experiência que foi o ACANAC, como o Corpo Nacional de Escutas, como outros movimentos de jovens, grupos paroquiais, se sente este revitalizar, que os jovens assumem este compromisso”, exemplificou.

Neste contexto, o sacerdote sublinhou que o “fundamental” é que as propostas apresentadas aos jovens “sejam ousadas” e com “qualidade” porque os jovens “aderem” e há uma “renovação”.

“Há sede de absoluto, sede de infinito e isso é o nosso papel como anunciadores, como evangelizadores”, desenvolveu o padre Eduardo Novo.

Para o diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil uma Igreja jovem “é uma Igreja com jovens” e é sinal que existe “diálogo intergeracional”.

“A beleza da nossa vida é sermos capazes de unir neste objetivo comum e vermos que todos temos a aprender uns com os outros na maturidade e experiência”, assinalou.

A entrevista foi realizada no âmbito do Jubileu dos Jovens que vai reunir mais de 3000 participantes entre sábado e domingo, na Cova da Iria, iniciativa promovida pelo Santuário de Fátima, em parceria com o DNPJ, secretariados diocesanos e movimentos.

Outra atividade anual é o Fórum Ecuménico que reúne os jovens de várias Igrejas Cristãs em Portugal e que este ano vai ter lugar na Arquidiocese de Braga, a 4 de novembro, com o lema ‘Eis que faço nova todas as coisas’, que vai ajudar a “refletir sobre o dom da fé”.

“Como é fundamental o diálogo para descobrirmos que a força da interioridade e da oração que nos une na construção do bem maior que somos todos na relação com deus no mundo”, desenvolveu o responsável.

O sacerdote que é diretor do DNPJ desde 2012, realça que até hoje vê “o toque de Deus, e a surpresa, a novidade”, um dom de Deus que “capacita” e a Igreja “como que se renova”.

Segundo o padre Eduardo Novo é importante na pastoral juvenil estarem “atentos aos sinais dos tempos” e a partir dai saberem “perscrutar quer na linguagem, quer na comunicação, quer na forma de ser e de estar”.

“O grande desafio que temos de nos sentirmos interpelados por Deus para o interpretarmos, o seguirmos e nos deixarmos conduzir por Ele”, referiu.

O Departamento Nacional da Pastoral da Igreja Católica em Portugal está inserido na Comissão Episcopal Laicado e Família e no terreno existem em concretos os secretariados nas 20 dioceses portuguesas e movimentos.

“A importância é que os jovens se sintam inseridos, acolhidos na Igreja. De facto, essas serão algumas debilidades ou fraquezas que vamos sentindo, que os jovens se sintam acolhidos”, revelou o padre Eduardo Novo.

Para o diretor do DNPJ é também “fundamental saber estar e comunicar” e que linguagem seja de proximidade com os jovens mas “desafiadora, provocadora” para que a realidade seja numa construção de vida “num caminho de felicidade, de compromisso”.

HM/CB

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Agência ECCLESIA

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