Pastoral Juvenil: Existe um «oceano imenso de desafios» e a JMJ tornou-se «património da humanidade» – D. Nuno Almeida

Comissão Episcopal Laicado e Família está a preparar um “quadro de referência” para os jovens

Foto Agência ECCLESIA/FLS

Aveiro, 03 fev 2025 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família, D. Nuno Almeida, considera que existe um “oceano imenso de desafios” na pastoral juvenil e que Jornada Mundial da Juventude tornou-se “património da humanidade”.

“Olhando aquilo que está a acontecer em tantas partes do globo, apercebemo-nos deste mar imenso, deste oceano imenso de desafios, para que os jovens possam ter voz e possam também, no fundo, ser artífices de uma sociedade que esperamos mais bela, mais humana, mais feliz, mais luminosa também, com mais esperança”, disse D. Nuno Almeida à Agência ECCLESIA após o Conselho Nacional da Pastoral Juvenil que esteve reunido em Aveiro, nos dias 31 de janeiro e 01 de fevereiro.

Quando se fala da realidade juvenil, mesmo na sociedade, esta “é muito plural” e na pastoral juvenil também é “muito diversificada”.

“A intenção é que seja sinfónica, isto é, que seja coral, que haja harmonia, e daí a importância que tem também o trabalho que se está a fazer em conjunto com os jovens para se poder encontrar aqueles pontos de referência para que haja harmonia”, sublinhou o presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família.

Os jovens são chamados a executar “uma partitura que é Evangelho” e ainda respiram “o oxigénio da Jornada Mundial da Juventude (JMJ)” que se realizou em Lisboa, no mês de agosto de 2023.

A JMJ Jornada Mundial da Juventude tornou-se “património da humanidade, não nos pertence, mesmo todos nós que estivemos muito empenhados, de tantas maneiras, mas, de facto, tornou-se património de todos”, frisou D. Nuno Almeida.

A expressão “todos, todos, todos” do Papa Francisco na JMJ é uma espécie “de eco que continua “mesmo nos ambientes mais distantes até da Igreja”

“Há um património da JMJ que nos transcende”, “basta olhar para as guerras” e para as “ideologias que estão aí de negação da fraternidade na prática”, refere D. Nuno Almeida.

Os jovens são os “atores principais” desta mudança temporal e se não forem eles “a mudança não acontece”.

A sede de espiritualidade “está bem presente na juventude” e a Comissão Episcopal Laicado e Família, juntamente com os jovens, está a elaborar um documento, um quadro de referência, “uma espécie de instrumento de trabalho para ser um caminho organizado”.

Na proposta inicial já “está a visão pastoral juvenil do sínodo de jovens, onde estes participaram de uma forma global, portanto a visão pastoral de jovens está presente”, anunciou o bispo de Bragança-Miranda.

“É preciso olharmos a realidade concreta também do nosso país, nas estruturas que temos, nas dificuldades que temos neste momento, sobretudo nesta preocupação de sairmos de uma igreja em saída”, acrescenta.

Para o presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família é fundamental desenvolver “a questão da imigração, a questão dos jovens da pastoral penitenciária, o mundo universitário, o mundo da cultura e o mundo do desporto”.

“Podemos estar presentes de uma forma discreta, mas não podemos estar ausentes destes ambientes”, frisou.

O documento é uma espécie de “quadro de referência, tem mesmo este título”, que estabelece as linhas, os valores, os princípios, que “todos deveríamos ter em conta depois nos projetos concretos da pastoral dos jovens”.

Com carismas e propostas pedagógicas “diversificados”, o documento “não vai ser nenhuma imposição”, mas pretende dar este testemunho “para fora, para a sociedade”.

Um documento que pretende “dar vitalidade” à pastoral juvenil e “apontar caminhos concretos e apontar decisões”, finalizou D. Nuno Almeida.

LFS

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