Pastoral Juvenil: «Escola de Acompanhadores» do Patriarcado de Lisboa tem 50 alunos de sete dioceses e «grande variedade de vocações» (c/vídeo)

Irmã Rita Ornelas destaca avaliação «positiva» e explica que «acompanhar é estar ao lado, é caminhar com os jovens»

Lisboa, 26 fev 2025 (Ecclesia) – A irmã Rita Ornelas, do Serviço da Juventude – Patriarcado de Lisboa, destacou hoje que “há uma grande mudança de paradigma” na pastoral juvenil, e já está em marcha com a ‘Escola de Acompanhadores’, que começou o segundo semestre.

“Terminado o primeiro semestre, a avaliação é muito positiva pelos participantes e que revela uma grande aprendizagem dos conteúdos. No primeiro semestre foi uma dimensão bíblica-teológica no que é o conhecimento da antropologia cristã, dos sacramentos, das noções básicas de Teologia, mas que achamos que é fundamental para um compromisso na missão do acompanhamento e a avaliação é muito positiva”, disse a irmã Rita Ornelas, esta terça-feira, 26 de fevereiro, à Agência ECCLESIA.

A ‘Escola de Acompanhadores’, com o lema ‘A arte de caminhar com os jovens’, é promovida pelo Serviço da Juventude, pela Pastoral Universitária, pelo Setor de Animação Vocacional e pelo Instituto Diocesano da Formação Cristã – IDFC do Patriarcado de Lisboa.

O primeiro curso começou em outubro de 2024 com 50 alunos de “sete dioceses de Portugal”, como Braga, Lisboa, Setúbal, e “uma grande variedade de vocações”, padres e religiosas, incluindo uma irmã Clarissa, leigos consagrados e pessoas casadas, para além de jovens.

Neste segundo semestre, que arrancou no dia 17 de fevereiro, os alunos da ‘Escola de Acompanhadores’ vão ter uma formação mais centrada na “dimensão humana da pessoa”, vão conhecer a realidade dos adolescentes e dos jovens, e dimensões essenciais para esse acompanhamento, “com temáticas como a formação da consciência, a sexualidade, a afetividade, a educação para o amor”.

“A ‘Escola de Acompanhadores’ é um poder multiplicador. Primeiramente pela formação pessoal e humana que fazemos a estas 50 pessoas, mas, depois, nas suas realidades eclesiais, seja paróquias, seja em movimentos, seja em Escolas Cristãs, acredito que terá grandes benefícios”, salientou a irmã Rita Ornelas.

Segundo a entrevistada, todas as pessoas inseridas na Igreja, “e com um caminho também cristão”, são chamadas a acompanhar – “os padres são chamados a acompanhar, mas também os religiosos, os laicos, os jovens a acompanhar outros jovens -, no sentido que “acompanhar é estar ao lado, é caminhar com os jovens”.

Foto: Serviço da Juventude de Lisboa

A irmã Rita Ornelas explica que “há uma grande mudança de paradigma” que querem implementar na Pastoral da Juventude, onde a “animação” dos grupos e movimentos faz parte, mas querem mudar “de animação para acompanhar”.

“E acompanhar, como o Papa nos diz, é caminhar lado a lado, escutando o que são as ânsias, os desejos, os sonhos, as dúvidas, os medos dos jovens, e a partir daí fazendo caminho com eles individualmente e acompanhar também os grupos”, acrescentou a religiosa da Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima.

Neste contexto, a irmã Rita Ornelas lembra que os jovens, no Sínodo dos Bispos 2018, intitulado ‘Os jovens, a fé e o discernimento vocacional’, e, depois, na Exortação Apostólica ‘Cristo Vive’ do Papa Francisco (Christus Vivit), manifestaram “este desejo e esta necessidade para acompanhar”, para além da “carência de pessoas”.

“Pós-Jornada Mundial da Juventude [JMJ 2023], o Serviço da Juventude fez um Fórum de Jovens, o ‘Fórum Rise Up’, e esta foi uma das linhas de ação que saiu. Os jovens pediram de novo e daí teve ganhar forma a ‘Escola de Acompanhadores’, acredito que é um dos frutos”, concluiu a entrevistada do Programa ECCLESIA, transmitido esta quarta-feira, na RTP2.

O curso da ‘Escola de Acompanhadores’ do Patriarcado de Lisboa tem a duração de dois anos, divididos em quatro semestres, e a irmã Rita Ornelas adiantou que vão “abrir uma nova turma no próximo ano pastoral” 2025/2026.

LS/CB

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