Pastoral Juvenil de Coimbra aposta na Internet para chegar aos jovens

A Internet e cada vez mais o meio que caracteriza os jovens. Atento a esta realidade, que já deixou de ser novidade, o Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil de Coimbra aposta nesta ferramenta para, cada vez mais, chegar aos jovens, mesmo àqueles com quem normalmente não teriam contacto. Dando continuidade a uma iniciativa de anos anteriores, o SDPJ organizou, pelo terceiro ano o Net-Paper, um jogo feito on line, feito a partir O Pe. João Paulo Vaz Assistente Espiritual e Director do SDPJ de Coimbra, explica à Agência ECCLESIA que a interactividade é uma palavra integrante do vocabulário juvenil. Dentro do que lhe é próprio, a pastoral juvenil pretendia “dinamizar o tema do ano pastoral, proporcionar o conhecimento mútuo entre os jovens diocesanos e rentabilizar o instrumento da Internet ao serviço da pastoral”. Os níveis de participação têm sido similares, ao longo das três edições do jogo. Cerca de 50 jovens da diocese de Coimbra estiveram on line, mas também “já contámos com a participação de jovens fora do perímetro diocesano”, adianta o director. A Internet é instrumento privilegiado de trabalho do SDPJ de Coimbra. O correio convencional foi substituído pela virtualidade que o computador fornece. “Tentamos explorar ao máximo uma linguagem que hoje é assumida pelos jovens”, destaca o sacerdote. Acessível a qualquer jovem ou grupo de jovens, esta é também uma forma de chegar a alguns “com quem habitualmente não contactamos”, avança, mas não é o único caminho. “Poderá haver outras formas, até mesmo dentro do espaço virtual”. Mas o Director do SDPJ reconhece que este é um caminho “que hoje tem de ser explorado”. O Pe. João Paulo Vaz dá conta de uma fase em que “a adesão dos jovens não é grande”. Os factores sociais nacionais que se sentem também em Coimbra, marcam a juventude, numa dioceses dividida em quatro zonas pastorais “muito distintas”. Na região centro urbana o SDPJ verifica “dificuldade em entusiasmar aos jovens”. As restantes regiões da serra, da beira mar ou agrícola, “notamos outro tipo de adesão”, manifesta o sacerdote, mas “ainda é difícil”. As propostas da Pastoral Juvenil dirigidas à juventude são idênticas, mas a realidade dá forma à recepção, por isso “tentamos que acompanhar os animadores e os párocos”. Um acompanhamento próximo que o Pe. João Paulo Vaz considera prioritário. Por isso a equipa do SDPJ tem investido na organização de actividades e no “acompanhamento”, que se evidencia na amizade e proximidade. Esta é uma forma “privilegiada de fazer passar as propostas e a mensagem”, adianta. A falta de compromisso dos jovens não é uma situação nova. Fruto de uma incapacidade de assumir valores, de uma proliferação de propostas que são feitas, “até mesmo da internet que responde ao imediato”, estes são factores que “não lançam pilares de continuidade”. Se a Internet é o meio dos jovens “temos de o aproveitar”. O Pe. João Paulo Vaz adianta que “tenho encontrado coisas espantosas para responder a isto”, recordando exemplos de oração, reflexões catequéticas. Nos últimos anos regista-se um progresso “espantoso”, mas “mesmo tendo todos os meios ao nosso dispor, não fomos capazes de os integrar e propor numa linha de crescimento”, avança o Director do SDPJ. D. Albino Cleto, Bispo de Coimbra demonstra especial atenção à juventude. O Pe. João Paulo Vaz afirma que esse entusiasmo e encorajamento dado aos jovens “é sentido, mas no imediato”. A aceitação de propostas que visem uma caminhada “mais estruturada e que gerem um compromisso, é mais difícil”. Mais receptivos, os jovens vão marcar presença no próximo Domingo para se juntarem à celebração do Jubileu dos 25 anos da ordenação episcopal de D. Albino Cleto.

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