Sacerdote que cessou funções à frente deste setor destaca importância do próximo Sínodo dos Bispos
Lisboa, 28 nov 2017 (Ecclesia) – O padre Eduardo Novo, que deixou recentemente a direção da Pastoral Juvenil em Portugal, diz que o Sínodo dos Bispos que vai ser dedicado aos jovens em 2018 mostra a importância que é preciso dar a este setor e à educação dos mais novos.
“É fundamental este envolvimento de todos e a juventude como esta voz ativa, dar vez, voz e valor. E se toda a pastoral é indubitavelmente vocacional, ajudar cada jovem a descobrir verdadeiramente a sua vocação. É preciso continuar a fazê-lo”, salientou.
No mesmo sentido de futuro, o sacerdote deixou ainda outros desafios a concretizar, como criar “uma linha condutora” para a Pastoral Juvenil no país, a partir dos contributos recolhidos em todas as dioceses, em todos os grupos de jovens.
“Um sonho que tínhamos e ainda temos, de ter em Portugal esse esqueleto, essa coluna dorsal de toda a Pastoral Juvenil, também intensificarmos cada vez mais toda a comunicação”, apontou.
Existem ainda outros projetos a concretizar nos próximos anos, na opiniã do padre Eduardo Novo, como “vencer o hiato entre a Catequese e a Pastoral Juvenil”, já que muitas vezes “após o crisma” os mais novos deixam de “ter participação” na Igreja.
“Ao mesmo, esta riqueza que é termos grupos de jovens tão bons, tão participativos, e dar-lhes cada vez mais visibilidade no bom sentido. Porque esta participação na Igreja é tão rica que nos ajuda a crescer”, acrescentou.
O padre Eduardo Novo recorda, do seu percurso, momentos felizes passados em atividades nacionais ou internacionais como o “Fátima Jovem” e as “Jornadas Mundiais da Juventude”.
Mas também os tempo mais simples, de “oração”, a “alegria e o compromisso”, o “entusiamo dos jovens”, o seu “testemunho autêntico”, o mostrarem ser uma “voz ativa e participativa, de que faz sentido ser esta família, ser esta Igreja viva que caminha na construção de um mundo com valores”.
“Essa força que nos leva a sair de nós mesmos, e de certa forma, a sentirmos a presença de Deus. E isso toca-nos, e ao nos tocar transforma-nos. Esse entusiasmo que os jovens nos dão, de cada dia é um novo dia”, frisou o padre Eduardo Novo.
Na hora de abraçar um novo desafio, o sacerdote diz sair com “a alegria do serviço, a alegria da disponibilidade” e destaca o muito que “aprendeu”, que “cresceu com a juventude, com todos os secretariados diocesanos, com todos os movimentos na Conferência Episcopal Portuguesa”.
“Que o novo diretor que nos substitui, e a sua equipa, seja também uma força feliz e entusiástica, de se continuar a ser este rosto da juventude em Portugal, este rosto de Deus que continua a convocar todos os jovens para este serviço na Igreja. A ajudar cada um a encontrar o seu caminho de felicidade”, sustentou.
O padre Eduardo Novo esteve seis anos no cargo de diretor do Departamento Nacional de Pastoral Juvenil, da Igreja Católica em Portugal; foi agora substituído no cargo pelo padre Filipe Diniz, de 35 anos, proveniente da Diocese de Coimbra.
Além de assumir a direção do DNPJ, o sacerdote tem também como serviço pastoral a missão de assistente diocesano do movimento dos Convívios Fraternos, de assistente para a Região de Coimbra do Corpo Nacional de Escutas; e de vigário das paróquias de São José e São João Batista.
HM/JCP