D. Nuno Brás realça que «experiência forte de Deus» tem de continuar no «quotidiano»
Lisboa, 11 jun 2018 (Ecclesia) – O bispo-auxiliar de Lisboa D. Nuno Brás afirmou que os ‘Convívios Fraternos’ são “uma experiência muito forte de Deus” e “uma experiência comunitária muito importante”, este domingo, na Capela de Nossa Senhora das Dores.
“Os Convívios formam pessoas mas endereçando-os sempre para a realidade paroquial. Certamente, são uma experiência muito forte de Deus, uma experiência comunitária muito importante e depois conduzem a uma outra experiência comunitária que é a experiência do dia a dia, do quotidiano”, disse o prelado, em declarações à Agência ECCLESIA.
O movimento juvenil católico dirige-se a adolescentes e jovens a partir dos 16 anos a quem proporciona um retiro de três dias, em três etapas: No encontro com Deus, no encontro intrapessoal e com os outros que estão a viver a mesma experiência.
“Podemos fazer esta experiência forte de Deus mas se depois não existir este quotidiano, este perceber que Deus se mete connosco em cada momento do nosso dia, aqueles dias esvanecem-se com alguma rapidez”, desenvolveu o bispo-auxiliar de Lisboa.
“Têm sido importantes, são um dos rostos da pastoral juvenil em Portugal”, realçou D. Nuno Brás, que presidiu à Oração do Terço, na Capela de Nossa Senhora das Dores, no bairro do Rego.
Os ‘Convívios Fraternos’ estão a celebrar os 50 anos de fundação com um périplo da sua Cruz Jubilar que está a percorrer dioceses e países onde o movimento está implementado, Moçambique e beja são os próximos destinos.
No Patriarcado de Lisboa, entre 1980 e 2006, realizaram-se 27 convívios, onde participaram 1248 jovens, mas o movimento deixou de ter “continuidade”.
“Tem razão de ser a sua ida (cruz peregrina) a Lisboa por desejo expresso de convivas residentes na Capital”, lê-se numa carta do padre Valente de Matos.
“Tenho este desejo e esperança do movimento reavivar. Tem sido difícil mas acredito que é desta que vamos andar para a frente”, revelou Liliana Dias, que fez o seu retiro há 10 anos, no Santuário do Cristo Rei, em Almada, Diocese de Setúbal.
A convíva (1061) do Patriarcado de Lisboa, que teve de peregrinar à diocese vizinha, considera que o movimento faz falta pela dimensão do “serviço” a que todos são motivados.
“Lisboa é vasta, tem bastantes movimentos, graças a Deus, mas o carisma dos convívios seria importante e muito bom agora, com o jubileu, reavivar”, desenvolve Liliana Dias, que vive o quarto dia como “leitora, chefe dos escuteiros, animadora de grupo de jovens”.
Já Marta Santos, coordenadora da comissão organizadora da cruz jubilar em Lisboa, explica que muitas pessoas vão fazer o convívio a Setúbal, Santarém e Évora, por isso, realça que no Patriarcado “é preciso um empurrão”.
A Cruz Jubilar do Convívios Fraternos está na Diocese de Lisboa até este domingo, 17 de junho, e a comissão preparou uma despedida “especial”, um encontro “mais à conviva”, a partir das 20h00, na Paróquia de São Jorge de Arroios.
Começam com o “testemunho de quarto dia” de João Delicado, a sua realidade após o retiro, depois num momento “mais intimista” todos vão renovar o seu compromisso no Santíssimo, e terminam com a Eucaristia, a partir das 22h00.
Com 32 anos, Marta Santos é “convíva de segunda geração”, uma vez que o movimento “sempre” fez parte da sua vida pelo testemunho e exemplo dos seus pais, responsáveis na Diocese Setúbal.
“Este espírito de serviço, Jesus dá-se na cruz, eu também fui criada um bocadinho assim”, assinala a jovem que fez o seu retiro (881 de Setúbal) aos 16 anos e serve como catequista.
Os Convívios Fraternos nasceram a 17 de maio de 1968, em Castelo Branco, da visão pastoral do padre Valente de Matos; A Conferência Episcopal Portuguesa aprovou os estatutos do movimento a 1 de março de 2010.
CB