«Mensagem positiva» da Jornada Mundial da Juventude aliou-se ao rally e à «justiça de Fafe»
Fafe, 28 fev 2022 (Ecclesia) – O coordenador do Comité Organizador Arciprestal (COA) de Fafe para a JMJ Lisboa 2023 afirmou hoje que ficaram com “um espírito novo e renovado” com os símbolos da Jornada Mundial da Juventude, e “uma motivação maior para a participação”.
“Com o toque da Cruz e do ícone fica agora uma motivação muito maior para tudo o que vem a seguir, quer seja noutra dinâmica e grande esforço que será os ‘Dias nas Dioceses’, e da receção a todos os que venham às chamadas pré-jornadas, quer seja na nossa participação e termos mais jovens a participar”, disse o padre Vítor Araújo, em declarações à Agência ECCLESIA.
Segundo o coordenador do Comité Organizador Arciprestal de Fafe, na Arquidiocese de Braga, “há, claramente, um antes e um pós a passagem” da Cruz e do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani “a todos os níveis” por estas comunidades
O padre Vítor Araújo explica que não havia equipa de Pastoral Juvenil, “não que estivesse totalmente desmobilizado, desmotivado”, mas era um bocadinho cada paróquia por si, e com esta preparação conseguiram “juntar jovens que formassem esta equipa, que se motivou”, os símbolos “tocaram os jovens em Fafe”.
A Peregrinação dos Símbolos da JMJ no Arciprestado de Fafe, entre 21 e 23 de fevereiro, começou com a passagem pelo troço do rally no “famoso salto da Pedra Sentada”, em direção ao Santuário de Nossa Senhora das Neves, para uma oração mariana, “o caminho mais rápido e mais direto” depois de receberem a Cruz e o ícone do Arciprestado de Celorico de Basto no Santuário de Nossa Senhora do Viso.
O coordenador do COA de Fafe explica que quando pensaram no programa para esta peregrinação consideraram “todos os ambientes importantes” na cidade, no concelho e no arciprestado, e, “inevitavelmente, o rally é uma das marcas de Fafe, para além da justiça”.
“A ideia surgiu, em primeiro lugar, porque tínhamos a consciência de que a visita dos símbolos, seja ao Arciprestado de Fafe, seja a qualquer lado, tinha como objetivo levar a Cruz e o ícone ao maior número de ambientes possíveis não só na Igreja, sobretudo fora da Igreja para se falar das Jornadas, da mensagem”, desenvolveu.
Segundo o padre Vítor Araújo, “logisticamente era impossível dar o salto”, colocar a cruz num carro que atingisse a velocidade necessária, e explica que “nunca foi o objetivo dar o salto literalmente”, mas queriam “parar, tirar uma fotografia, estar com pessoas que não são propriamente de vida eclesial, pelo menos muito assíduas”, e esse propósito foi concretizado, com o Museu do Rally de Fafe e o município local.
“Mobilizamos uma quantidade de pessoas que gostam daqueles terrenos, quem têm jipe, e tornou possível aquela passagem simbólica, bonita. Tivemos quase 30 jipes a acompanhar-nos na parte da frente da procissão e muitos mais carros, muitas destas pessoas só tinham ouvido falar das Jornadas por causa do preço do palco, não tinham ainda ouvido a mensagem positiva”, recordou.
Do programa da peregrinação em Fafe destacaram-se “três momentos centrais de oração”, a oração mariana, uma vigília, e a Eucaristia de envio, apostaram “muito fortemente numa festa para os jovens”, no pavilhão multiusos, que foi “um sucesso claro, quer na sua mensagem, quer na adesão”, com cerca de mil pessoas, e tiveram “um bocado de tristeza” pela chuva que impediu a visita à feira municipal.
O arciprestado criou também uma imagem para o seu caminho para a Jornada Mundial da Juventude 2023, a partir da base do COL em Lisboa, associando quatro símbolos locais: A igreja Nova de São José, “que não é a igreja matriz mas a igreja central, a maior e central, claramente identificada por todos os fafenses”, a imagem do salto e do rally, as eólicas no monte, e a “imagem e lenda da justiça de Fafe”, a estátua que está no centro da cidad.
“É um povo positivamente justo, por isso não é uma imagem negativa. Quisemos identificar todos os fafenses, os que são cristãos, os que não são, os que vão às Jornadas, quer os que não vão para que todos consigam identificar Fafe como envolvida na dinâmica das Jornadas Mundiais”, concluiu o padre Vítor Araújo.
A Arquidiocese de Braga continua a viver a peregrinação dos dois símbolos da JMJ até esta sexta-feira, quando realiza a celebração de envio para a Diocese de Aveiro.
CB/OC