Pastoral Juvenil: Acampamento «Giofrater» deixou convite a sair do «conforto e comodismo» pessoal, a caminho da JMJ 2023

Movimento franciscano incentivou ao encontro pessoal, com o outro e a comunidade envolvente, deixando marca ecológica

Foto: Giofrater

Gondomar, 20 ago 2022 (Ecclesia) – O movimento de jovens ‘Giofrater’, das Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora (FMNS), promoveu seu acampamento nacional, com o lema ‘Levanta-te e Vai’, com apelos ecológicos, ao encontro, à desinstalação pessoal, e de caminho para a JMJ Lisboa 2023.

“A ‘maior atividade do ano’, pela sua duração, e por tudo que proporciona, é uma semana que quebra rotinas e põe em perspetiva a nossa relação com Ele e com os outros de formas originais e diferentes: da oração ao convívio, da partilha ao recreativo, da formação ao trabalho em equipa”, disse a jovem Ana Guimarães, em declarações à Agência ECCLESIA.

Segundo a presidente do movimento de jovens de inspiração franciscana, com esta iniciativa, todos os anos, os participantes aprendem algo novo, conhecem pessoas novas e criam “memórias novas”, formam “laços semelhantes aos de uma família com pessoas de outros locais e com vivências diferentes, mas unidos pelo mesmo amor”.

O ‘Acampamento Giofrater 2022’ realizou-se nos “moldes tradicionais”, depois de dois anos atípicos marcados pela pandemia de Covid-19.

A irmã Ana Paula Conceição, assistente espiritual do movimento, fala de “uma experiência muito rica”, revelando que hesitaram na realização do acampamento, que “foi uma grande aposta”.

“Permitiu ‘sairmos’ do nosso conforto e algum comodismo e podermos voltar a partilhar em grupo as nossas experiências de vida e de fé”, acrescenta.

“Em cada jovem participante ficou a força da presença de Deus e de um sentido de união e de família que desperta o desejo de fazer chegar o ‘Giofrater’ a mais jovens”, salientou a assistente espiritual do movimento.

O acampamento do ‘Giofrater’ mobilizou 20 jovens, com participantes de Ermesinde, Duas Igrejas, Gondomar, Muro e Peroselo (Diocese do Porto), e alguns que ainda não estavam inseridos nos grupos; realizou-se de 7 a 14 de agosto, no Campo Escutista e Juvenil de Oliveira de Frades, na Diocese de Viseu.

“Procuramos deixar nos nossos jovens uma vontade de saltar do sofá, do que é confortável, e partir à descoberta daquilo a que Deus nos chama”, disse a jovem Ana Guimarães, sobre o mote do acampamento.

‘Levanta-te e Vai’ partiu do tema da Jornada Mundial da Juventude que se vai realizar em Portugal, de 1 a 6 de agosto de 2023, e “como Maria saí apressadamente, cada jovem é convidado a ir ao encontro do outro”, e a preparar-se também para “sair para Lisboa e participar na JMJ”, mas, em simultâneo, partir ao encontro de quem está ao seu lado e “necessita do amor de Deus na sua vida”, contextualizou a irmã Ana Paula Conceição.

“Foi um tempo de encontro/motivação para podermos experimentar a fé com os milhares de jovens que virão a Portugal em 2023, a caminhada espiritual feita no acampamento permitiu que os jovens possam integrar a JMJ e nela poderem também crescer na fé”, realçou a Franciscana Missionária de Nossa Senhora.

Neste contexto, a presidente do movimento ‘Giofrater’ assinala que qualquer caminhada requer preparação e, mais do que uma viagem física, “as JMJ exigem uma caminhada espiritual”.

“Não é fácil seguir caminho sozinho, por isso, é que achamos tão produtivo e gratificante o envolvimento dos grupos de jovens nesta preparação. Até agosto de 2023, o ‘Giofrater’, em todas as suas atividades, terá como principal foco esta temática e procurará explorar, junto dos grupos, qual a missão que Ele tem para nós”, desenvolveu Ana Guimarães.

O movimento de jovens e para jovens ‘Giofrater’, das Irmãs Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora, nasceu a 21 de abril de 1996, na Quinta da Azenha, em Gondomar, na Diocese do Porto.

CB/OC

Foto: Giofrater

O acampamento da juventude franciscana, que vê “na natureza uma irmã”, foi também ecológico, por exemplo, no desligar dos “aparelhos eletrónicos” – excluindo o telemóvel e a máquina fotográfica num horário combinado –, na opção por lanternas ecológicas ou com pilhas recarregáveis e só eram permitidos produtos de higiene pessoal que “não prejudicassem a natureza”, como “sabão ou sabonete 100% de glicerina”.

“Vemos que muitas vezes perdemos oportunidades de socializar e contactar com pessoas novas por estarmos sempre presos ao que conhecemos e que está à distância de um clique. Por isso, achamos importante que os jovens estejam ‘offline’ e experienciem por completo o ambiente que os envolve: Ele, os outros e a Natureza”, explicou Ana Guimarães, realçando que “cuidar da ‘casa comum’” afeta, principalmente, “o futuro do qual os jovens são os protagonistas”.

Do programa desta semana, a irmã Ana Paula Conceição, assistente espiritual do movimento, destaca que também participaram  da vida paroquial de Oliveira de Frades e conheceram a realidade social, animaram “um momento de oração ao estilo de Taizé”, na igreja nova, e cinco técnicas da ASSOL – Associação de Solidariedade Social de Lafões, apresentaram as diferentes valências e respostas da instituição que acompanha pessoas com deficiências e a integração social realizada.

 

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