Pastoral eficaz exige mais coordenação

 

A Arquidiocese de Braga assume como compromisso para os próximos cinco anos fomentar a coordenação dos Conselhos Pastorais paroquiais entre si e com os órgãos de Pastoral do arciprestado e da arquidiocese. Para que isso seja possível, D. Jorge Ortiga lançou o desafio na reunião do Conselho Arquidiocesano de Pastoral para que todas as paróquias tenham o seu Conselho Pastoral Paroquial (CPP) em pleno funcionamento.

«A comunhão eclesial para uma efectiva corresponsabilidade ainda não chegou a todas as paróquias», denunciou o Arcebispo Primaz na sua intervenção. Convidou a que sejam encontrados «modos e maneiras de “incrementar” os CPP» e que «nenhuma paróquia deveria estar tranquila sem efectivar esta colegialidade efectiva para uma pastoral sinodal».

Falando para mais de meia centena de conselheiros presentes, o Arcebispo de Braga salientou que se existe uma «necessidade absoluta» de um «novo estilo de pastoral», então deve acontecer uma «simbiose perfeita com os mesmos dinamismos comunitários dos arciprestados e da arquidiocese».

Ainda que reconheça que algum caminho já foi percorrido, o prelado questiona se a comunidade pode estar contente «com o que se passa nos arciprestados e destes com a arquidiocese».

Por outro lado, D. Jorge Ortiga indica que «a arquidiocese deve consciencializar-se do número de sacerdotes e da média etária do presbitério». E salienta que «só uma pastoral vocacional onde cada um é sujeito de chamamento e acompanhamento garantirá a assistência espiritual no futuro».

Ladeado pelos Bispos Auxiliares de Braga, D. António Couto e D. Manuel Linda, o Arcebispo Primaz lembrou que não se pode esquecer «que a Igreja é Povo de Deus» que «muito trabalho» não tem de ser realizado por padres.

«Se isto é verdade, não é possível confiar tarefas sem a preparação adequada», asseverou. Por isso, acrescentou o prelado, «só a formação garante» a possibilidade deste serviço.

A crítica do responsável máximo pela pastoral diocesana estendeu-se àquelas «muitas comunidades que continuam a apostar em ritmos marcados pelo tradicionalismo e caracterizados por uma teimosia em repetir uma pastoral em muitos aspectos ultrapassada».

Ainda assim, D. Jorge Ortiga refere que não se poderá imaginar que todas as comunidades tenham idênticas possibilidades, pelo que aconselha a «uma circularidade de pessoas, sem vanglória, amor próprio ou bairrismo», indicando que neste contexto «os movimentos e outras realidades associativas podem e devem testemunhar este carácter missionário».

Este conselho é um órgão consultivo directamente ligado ao Arcebispo Primaz, do qual faz parte e integrando bispos auxiliares, presbíteros, diáconos, consagrados e sobretudo leigos.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top