Pastoral de Jovens deve mostrar Cristo

Arcebispo presidiu missa do Dia da Juventude Centenas de jovens reuniram-se ontem, na cidade de Esposende, para celebrar o Dia Arquidiocesano da Juventude. A jornada foi preenchida com evangelização de rua, o jogo “Caça ao tesouro” e um concerto de música de mensagem em que a “estrela” foi um padre de Coimbra. O Arcebispo de Braga louvou esta forma de dinamizar a Pastoral de Jovens, mas alertou que este sector da pastoral da Igreja não pode ficar pelas actividades. «Com arte, com inovação e com coragem», os grupos de jovens devem «mostrar Cristo vivo», indicou D. Jorge Ortiga na missa celebrada ao ar livre no largo dos Bombeiros Voluntários de Esposende. Na breve homilia com base no relato do Evangelho de ontem – a aparição de Jesus aos discípulos de Emaús – e no jogo que dispersou os jovens pela cidade de Esposende até à celebração da Eucaristia, o Arcebispo de Braga reconheceu que o ambiente cultural e social dominante e a incoerência de muitos cristãos têm afastado a juventude de Cristo. «Mas, Jesus não é uma pessoa do passado. Ele acompanha- -nos, interpela a nossa vida, dá força e alegria», afirmou D. Jorge Ortiga, apontando Cristo como «o tesouro» a descobrir pela juventude. «Continuai à procura desse tesouro que é Cristo, que se encontra na vivência de valores como a verdade, justiça, fraternidade ou solidariedade». E tal como os discípulos de Emaús, encontrando-O, «não vos envergonheis de contar aos outros jovens», porque – acrescentou – «a juventude não se pode calar». Fazendo-o «com arte, com inovação e com coragem», continuou o Arcebispo de Braga, quebra-se «o pessimismo» que caracteriza a linguagem de muitos jovens. Por outro lado, disse também D. Jorge Ortiga aos jovens reunidos em Esposende (que tiveram como “prenda” um dia de sol e sem vento), dos grupos de jovens cristãos espera-se que coloquem Cristo no centro da sua vida, e a Eucaristia no centro do Domingo. «Ela não pode ser facultativa ao Domingo», até porque – justificou – «precisa da vossa marca». Para «que as celebrações sejam mais atraentes, para não ser sempre a mesma coisa», disse o prelado, fazendo eco das queixas (ou desculpas) apresentadas por alguns jovens para justificar a ausência. Além de alertar para o perigo de uma pastoral de jovens que não mostre Cristo vivo, o Arcebispo de Braga apontou também outra finalidade deste sector da pastoral: «Não há pastoral juvenil sem proposta vocacional». «Que os vossos grupos sejam grupos verdadeiramente vocacionais », de tal forma – disse D. Jorge Ortiga – que dar à Igreja um padre, um(a) religioso(a) ou um(a) missionário(a) seja «o maior título» conquistado. A vocação, concluiu, é o tesouro que falta a muitos jovens, e por isso os grupos devem ajudar «não só a casar, mas também a abrir portas para a vida consagrada». Os jovens responderam com palmas. Este apelo do Arcebispo de Braga foi feito no início da Semana de Oração pelas Vocações, que encerrará com a Ordenação de sete diáconos em Braga, no próximo domingo (dia 13). Nesta arquidiocese, a celebração do Dia Arquidiocesano da Juventude continuará a coincidir com o primeiro dia daquela semana de oração, deixando assim aberta a possibilidade de os grupos de jovens celebrarem o Dia Mundial da Juventude, no Domingo de Ramos, nas suas comunidades paroquiais.

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