A Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Igreja Católica no Brasil defendeu esta segunda-feira a posição do líder do Movimento dos Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, sobre a “luta agrária”, a qual gerou polémica e uma enérgica reacção do governo brasileiro. Stédile afirmou na semana passada que “a luta agrária” no Brasil acontece entre 23 milhões de camponeses sem terra (aos quais chamou de “nosso exército”) e 27.000 grandes fazendeiros, que considerou “inimigos”. A CPT considerou que Stédile “não disse nada além do que já, há muitos anos, CPT, MST, Movimento Sindical e demais movimentos sociais do campo e da cidade vêm afirmando e proclamando”. “Nada justifica que um pequeno grupo, que forma a elite brasileira, continue a controlar tudo neste país, gerando a exclusão, a pobreza e a miséria da maioria de nossa população. É assim que entendemos este discurso (de Stédile)”, disse a nota da comissão episcopal brasileira para a pastoral da terra.