Passos (de amor) pela cidade de Viana

Viana do Castelo, fiel à tradição, viveu ontem a procissão de Passos, evocativa deste início de Semana Santa e a recordar a cada um o seu lugar nesta história da salvação, na qual um Deus tomou sobre os seus ombros o peso dos pecados da humanidade. A Praça da República constitui o lugar de eleição dos vianenses para assistirem a este procissão, porque ali, não só o pregador da varanda dos antigos Paços do Concelho, faz memória dos passos de amor dados por Cristo em prol de todos, como também se recria o encontro do Filho com sua Mãe Maria, com a entrada do andor da Virgem na praça incorporando-se depois nesta manifestação pública de fé, que este ano reuniu um interessante número de pessoas. Antes, na Sé Catedral, o Bispo Diocesano presidiu à celebração de Vésperas. No comentário à leitura, D. José Pedreira sublinhou que a religião continua a irromper na humanidade com o mesmo amor colocado por Cristo no cumprimento da missão que o Pai lhe confiara. A Igreja, no seu percurso de milénios, pejou a história com «coisas maravilhosas» que são o espelho do amor que Deus derramou na cruz, nomeadamente, todo o trabalho que tem levado a cabo em nome dos mais desfavorecidos e esquecidos da sociedade. À volta de temática do amor andou, também, a reflexão do padre Alípio Lima, colocando o acento tónico naquele «amor de Deus que agarrou uma cruz». Recordou ainda aos presentes o núcleo da primeira encíclica de Bento XI, onde se reflecte sobre este Deus que é amor.

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