Páscoa: Tempo de «começar tudo de novo»

Mensagem de D. António Vitalino, bispo de Beja, alerta para «sinais de morte» na política e na economia

Beja, 31 mar 2013 (Ecclesia) – O bispo de Beja defende na sua mensagem para a Páscoa deste ano, que se celebra hoje, que é tempo de “começar tudo de novo” perante os sinais de crise que chegam da sociedade.

“Ao constatar tantos sinais de morte, de falta de esperança, de crise na política, nas finanças, na economia, na sociedade, nas empresas e na família, interrogo-me e grito: quem nos libertará desta escravidão”, questiona D. António Vitalino, num texto enviado à Agência ECCLESIA.

A mensagem sustenta que o desenvolvimento “não é apenas na ordem do progresso económico e tecnológico” pelo que deve atender à “dimensão moral e espiritual” para poder erradicar “algumas fontes de corrupção, vírus mortais da esperança”.

O prelado recorda que a Páscoa celebra a ressurreição de Jesus, que “viveu fazendo o bem, falou com autoridade e anunciou um novo Reino”.

“(Jesus) aproximou-se de quem estava doente e curou, usou de misericórdia e não teve receio de chamar pecadores para seus discípulos, acusado e difamado não quis defender-se com os meios humanos, proclamou o perdão e o amor aos inimigos e ao morrer pediu perdão para os algozes”, acrescenta.

A fé nestes acontecimentos, precisa D. António Vitalino, deve ser “fermento de uma nova vida, pessoal e comunitária” num mundo que deseja essa mudança.

“Com a eleição do novo Papa Francisco tornou-se bem patente. Mesmo os não crentes sentiram a nostalgia de uma nova maneira de ser e de viver, que dá esperança a um mundo acorrentado por inúmeros grilhões, que trazem a humanidade deprimida”, refere.

O bispo de Beja sublinha que o Papa argentino tem apontado caminhos “de atenção e cuidado para com a natureza e os mais frágeis, crianças, doentes e idosos”.

“Esta é a Páscoa dos cristãos, a aurora dos novos tempos, a primavera de uma vida nova e de uma nova criação. Com a ressurreição de Cristo tudo começa de novo”, assinala.

D. António Vitalino destaca, por outro lado, a relação entre a Páscoa e a primavera, que determina, por exemplo, a data da celebração – no primeiro domingo após a lua cheia que acontece depois do equinócio de primavera.

“Para os judeus e os cristãos é no início desta estação, por altura da lua cheia, que se celebra a festa mais importante da sua fé, a Páscoa, que para uns faz memória da libertação da escravidão no Egito e para os segundos da paixão, morte e ressurreição de Jesus, que reconcilia a humanidade pecadora com Deus”, explica a mensagem.

OC

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