Bispo do Algarve recorda vítimas da violência doméstica e da perseguição ideológica e religiosa
Faro, 06 abr 2015 (Ecclesia) – O bispo do Algarve definiu este domingo a ressurreição de Cristo como “uma força sem igual” e uma “fonte inesgotável de esperança” que, dois mil anos depois, permanece intensa mesmo “no meio de tanta obscuridade”.
“É verdade que muitas vezes parece que Deus não existe, confrontando-nos cada dia com a injustiça, a guerra, o terror, as crueldades inqualificáveis e intermináveis, mortes inexplicáveis, desde a violência doméstica ao assassínio por razões ideológicas ou por questões religiosas”, admitiu D. Manuel Quintas, durante a homilia da celebração.
No entanto, “também é certo que no meio de tanta obscuridade sempre começa a desabrochar algo de novo, que mais cedo ou mais tarde produz fruto, volta a produzir a vida”, acrescentou.
Segundo o jornal algarvio “Folha do Domingo”, o prelado frisou que a ressurreição de Cristo “não é algo do passado” e que continua a produzir “rebentos de um mundo novo, que ainda que os cortem voltam a florescer”.
Para tal, basta que cada cristão consiga “situar o coração e a mente no céu, sem deixar de ter os pés bens assentes na terra”, estando atento às necessidades deste tempo, vencendo a tentação de “uma vida individualista, triste e comodista”.
“Quando a vida interior se fecha nos próprios interesses, deixa de haver espaço para os outros, já não entram os pobres, já não se ouve a voz de Deus, já não se goza da doce alegria do seu amor, nem fervilha o entusiasmo de fazer o bem”, alertou D. Manuel Quintas.
“Este não é o desígnio que Deus tem para nós. Esta não é a vida do Espírito que jorra do coração de Cristo ressuscitado”, acrescentou.
JCP