Francisco pressiona comunidade internacional a agir face a «crime inaceitável»
Cidade do Vaticano, 06 abr 2015 (Ecclesia) – O Papa reforçou hoje no Vaticano os seus apelos em favor dos cristãos que são perseguidos em várias partes do mundo e pediu que a comunidade internacional trave este “crime inaceitável”.
“Desejo que a comunidade internacional não assista muda e inerte a este crime inaceitável, que constitui uma preocupante deriva dos direitos humanos mais fundamentais. Desejo verdadeiramente que a comunidade internacional não desvie o olhar para outro lado ”, declarou, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a recitação do «Regina Caeli», oração que substitui o ângelus durante as celebrações pascais.
Francisco falava depois de saudar uma delegação do Movimento Shalom, que concluiu no Vaticano uma estafeta solidária para sensibilizar a opinião pública relativamente às perseguições contra cristãos.
O pontífice argentino estimulou o trabalho de “ajuda palpável” na defesa e proteção dos cristãos “perseguidos, exilados, mortos, decapitados” por causa da sua fé.
“Eles são os nossos mártires de hoje e são muitos, podemos dizer que são mais numerosos do que nos primeiros séculos”, lamentou.
A tradicional catequese deste dia falou da “alegria pascal”, com o Papa a pedir aos presentes que repetissem a frase “Jesus ressuscitou”.
“A feliz notícia da ressurreição deve transparecer no nosso rosto, nos nossos sentimentos e atitudes, no modo como tratamos os outros”, defendeu.
O Papa apresentou a Páscoa como “o acontecimento que trouxe a novidade radical para cada ser humano, para a história e para o mundo”.
Francisco falou da pregação inicial de Jesus na Galileia, a “periferia” da qual voltaria a partir o “Evangelho da ressurreição, para que seja anunciado a todos”.
Segundo o Papa, a ressurreição de Jesus é a “boa notícia” que os cristãos são chamados a anunciar aos outros, “o dom mais belo” que podem oferecer aos seus irmãos.
“Anunciamos a ressurreição de Cristo (…) quando sabemos sorrir com quem sorri e chorar com quem chora, quando caminhamos junto de quem está triste e quase a perder a esperança”, precisou.
Francisco explicou que o ‘Regina Caeli’ é uma oração na qual os católicos se dirigem à Virgem Maria “convidando-a a alegrar-se” com a ressurreição de Jesus e confiando-se à sua intercessão.
“Recitemos, por isso, esta oração com a emoção dos filhos que estão contentes porque a sua mãe está feliz”, pediu.
O Papa despediu-se aconselhando os presentes a ler, “todos os dias”, uma passagem do Evangelho em que se fale do acontecimento da ressurreição.
OC