D. Francisco Senra Coelho destacou que experiência pascal «é comunitária»
Évora, 16 abr 2022 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora disse hoje que a experiência pascal “é uma experiência comunitária, nunca uma experiência apenas individual”, por isso, são “Igreja em saída”, na homilia da vigília pascal que presidiu na Sé.
“A experiência pascal é uma experiência comunitária, nunca uma experiência apenas individual. Por isso, o anúncio pascal faz de nós Igreja em saída, Discípulos Missionários da Esperança”, explicou D. Francisco Senra Coelho, na homilia enviada à Agência ECCLESIA.
Neste contexto, realçou que “impele” a festejar a fé e a partir da comunicação, “o ‘nós’ eclesial”, uma espiritualidade que remete para dois acontecimentos significativos.
“A caminhada sinodal em curso na Igreja Católica e a novidade da terceira edição típica, em português, do Missal Romano, que hoje utilizamos. É com estas alegrias que na perene juventude do Cristo Ressuscitado, caminhamos em Páscoa para as Jornadas Mundiais da Juventude”, identificou.
Na homilia da Vigília Pascal, D. Francisco Senra Coelho explicou que “a morte foi vencida”, e, hoje, começa uma nova criação, receberam “um novo sopro de vida”.
O arcebispo de Évora destacou que a ressurreição de Jesus Cristo “é sempre dita no presente, é sempre atual”, ultrapassa as limitações do espaço e do tempo, “é meta-histórica, enche a História Universal de um novo significado, uma experiência pascal que designamos de salvação (eterna)”.
“O mistério cristão de salvação possui, como acreditamos e sabemos, uma ligação umbilical com o acontecimento pascal. Esta constatação, que, entre nós, até pode parecer óbvia, precisa de ser recordada com frequência, geração após geração, para não fazermos do cristianismo somente uma ideia filosófica, mais ou menos ajustada às coisas da terra, mas experimentamos através do encontro intimo com aquele que está vivo”, desenvolveu.
Segundo D. Francisco Senra Coelho, importa que se deixem “surpreender pelo anúncio pascal”, e convidou a contemplá-lo “como se fosse a primeira vez”.
O arcebispo de Évora salientou que o Evangelho “não narra a ressurreição como um momento cronológico”, apresenta “apenas” os sinais do túmulo vazio, a explicação angélica, e a missão que “acarreta para a vida dos cristãos” que se encontram com essa nova realidade.
Neste contexto, assinala que o evangelista Lucas pretende levar os leitores a “fazer precisamente o mesmo caminho das mulheres”.
O arcebispo agradecer também “a todas as mulheres” que “são referência insubstituível na Igreja”, por isso, o Senhor contou com elas e fez de Maria Madalena “a primeira missionária”, realçando ainda que é no colo das mães “que começa a Páscoa”.
“A fé é pascal, ou seja, propõe-nos a inteira unificação de todas as dimensões da vida. A nossa meta desde agora, é a plenitude da vida, a vida eterna, de modo que, desde o Batismo nos é proposto viver como homens e mulheres ressuscitados”, referiu D. Francisco Senra Coelho, na homilia da vigília pascal.
CB