D. Virgílio Antunes incentiva à atitude pascal que é de «passagem e de mudança»
Coimbra, 02 abr 2018 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra afirmou na homilia da Missa de Páscoa que há “sinais de falta de Deus no mundo” e “muitas realidades” que precisam de um “novo e vigoroso anúncio da ressurreição” como “anúncio da possibilidade da mudança” que garanta a paz.
“Preocupam-nos de um modo especial os atropelos à dignidade humana, que alastram onde continuam e nascem novas guerras, quando esperávamos a paz num mundo mais civilizado”, disse D. Virgílio Antunes.
No dia de Páscoa, o bispo diocesano denunciou também a exploração de mulheres e crianças, “no tempo em que mais se proclamam direitos iguais para todos”, o desprezo por idosos e doentes, “numa sociedade cheia de instituições para os proteger” e a escalada da perseguição por motivos religiosos.
Na Sé Nova de Coimbra, D. Virgílio Antunes alertou também para a economia que mata, “na legislação que atenta contra a família, na relativização do valor da vida humana”, no favorecimento de “costumes desumanos ou na corrupção e na fraude que atentam contra a justiça”.
O bispo de Coimbra, na análise aos “sinais de falta de Deus no mundo”, referiu ainda a violência, o terrorismo, os fundamentalismos de sinais variados, o “uso abusivo e difamatório da liberdade de expressão”.
“Sentimos que há necessidade de Evangelho nas consciências e nas sociedades como nunca”, realçou.
D. Virgílio Antunes pediu que cada um – pessoas, famílias, comunidades e instituições – a partir da fé no Ressuscitado se ponha em atitude pascal, ou seja, “de passagem e de mudança”.
“Que tudo comece por nós e pela nossa casa, que a Igreja vá à frente e que acompanhe os homens em todos os seus felizes anseios, sabendo que o fermento bom pode levedar grande quantidade de massa”, desenvolveu o bispo de Coimbra na homilia de Páscoa.
No texto partilhado também na sua página na rede social Facebook, o prelado lembrou que Jesus não ficou à espera que “todos tivessem compreendido a mensagem ou estivessem dispostos a iniciar esse caminho”, à espera de reunir “todos os consensos”.
“Começou Ele mesmo por nos dar o exemplo, de uma forma simples, discreta, mas comprometida”, assinalou D. Virgílio Antunes.
CB/PR