Páscoa: Manter a fé diante do terror fundamentalista

Menina iraquiana teve de fugir dos jihadistas do «Estado Islâmico» e reza por quem lhe fez mal

Lisboa, 26 mar 2016 (Ecclesia) – Maryam, uma menina iraquiana, faz parte dos 120 mil cristãos que tiveram de fugir dos jihadistas do ‘Estado Islâmico’ (EI) no Iraque, e juntamente com a sua família procura refazer a vida, com fé num futuro melhor.

“Eu rezo por aqueles que procuram a verdade e rezo pelo EI, para que o amor mude os seus corações um dia”, refere, num relato divulgado pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

Maryam e a sua família foram obrigadas a deixar Qaraqosh, a vila onde viviam, e com o apoio da AIS pôde continuar os seus estudos no Iraque, vivendo agora numa caravana.

“Tenho saudades da minha casa. Se pudesse, voltava para casa amanhã”, confessa.

A menina relata que tiveram de sair de Qaraqosh à pressa, ouvindo “bombas a cair” num dia em que “morreu uma criança”.

“Chamo-me Maryam Waleed Behnam. Estou no quinto ano, na Escola Primária Al Bishara, dirigida pelas Irmãs Dominicanas em Ankawa, no Iraque. Por favor, rezem por mim”, conclui.

Graças à ajuda dos benfeitores da AIS, 5 mil crianças podem estudar na sua pátria e esperar por um futuro melhor.

O presidente executivo da fundação pontifícia AIS, Johannes von Heerman, afirmou que os ataques terroristas de cariz fundamentalista islâmico são "ataques do mal".

"Quanto maiores são os estragos causados pelo terror no Norte da Nigéria, na Síria, no Iraque ou em outras regiões islâmicas, tanto maior é a solidariedade dos nossos benfeitores para com as vítimas. Todos nós sabemos que os terroristas não conhecem a liberdade mas a violência. Eles têm o fanatismo, nós temos a esperança”, sustenta.

OC

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Agência ECCLESIA

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