Iniciativa marcada para esta Sexta-feira Santa
Idanha-a-Nova, Castelo Branco, 18 abr 2014 (Ecclesia) – A Câmara Municipal de Idanha-a-Nova promove no dia 18 de abril, Sexta-feira Santa, o primeiro curso livre de religiosidade popular.
“O território do concelho de Idanha-a-Nova reúne um conjunto notável de celebrações ligadas ao ciclo Quaresmal e Pascal, que se organizam em torno da evocação da Paixão e morte de Cristo”, refere apresentação do curso enviada à Agência ECCLESIA.
O encontro a decorrer no Fórum Cultural de Idanha-a-Nova vai contar com conferências de várias personalidades entre elas Angel Cerrato Alvarez, professor da Universidade Complutense, Espanha; Clara Bertrand Cabral, da Comissão Nacional da UNESCO; Vasco Valadares Teixeira, professor do Instituto das Ciências Sociais da Universidade de Lisboa; David de Morais, professor da Universidade de Évora e o historiador António Catana, coordenador do projeto “Mistérios da Páscoa no concelho de Idanha-a-Nova”.
[[v,d,3884,]]Além das conferências que vão ter lugar durante a manhã, os participantes vão depois à tarde poder participar nalgumas das tradições da Sexta-feira Santa no concelho de Idanha-a-Nova, iniciando a tarde numa ‘Adoração da Santa Face’ na igreja da misericórdia em Proença-a-Velha, seguindo depois para uma ‘Via Sacra’ pelas ruas de Monsanto e à noite marcam presença numa celebração seguida de ‘Procissão do Enterro do Senhor’ com representação cénica da Verónica e cântico das três Marias em Proença-a-Velha terminando o dia por volta da meia-noite com a ‘Encomendação das Almas’ em Idanha-a-Nova.
“Neste mundo da globalização e civilização tecnológica vimos assistindo ao desmoronar da civilização rural que vem acarretando profundas transformações, em que muitos autores aludem sobre o desaparecimento de muitas destas manifestações populares, consequente do crescimento da secularização, da pós-industrialização e do progresso tecnológico, das intensas mobilidades e fluxos transnacionais e das novas formas de ócio”, refere a nota de apresentação enviada à Agência ECCLESIA.
Em Idanha-a-Nova “porém tem-se verificado precisamente o contrário” dado que para além de muitas destas celebrações não terem desaparecido “têm ainda crescido”, conclui.
MD