Páscoa: Cristãos de Jerusalém vão rezar pela paz e liberdade no Médio Oriente

Patriarcas, arcebispos e bispos dos diversos ritos cristãos da região querem «quebrar muros e construir pontes de boa vontade entre os homens»

Jerusalém, Israel, 19 abr 2011 (Ecclesia) – Os líderes cristãos de Jerusalém convidaram hoje os fiéis a viverem a Páscoa em oração pela paz e liberdade no Médio Oriente.

“Rezemos por reformas que favoreçam o aparecimento de uma sociedade civil onde a liberdade de expressão, a liberdade religiosa, e os direitos humanos são respeitados, incluindo os direitos daqueles que são vistos como minoria” escrevem os 13 líderes das Igrejas cristãs da Cidade Santa, num comunicado publicado no site do Patriarcado Latino de Jerusalém.

O conflito israelo-palestiniano, com origem em disputas territoriais, tem levado a inúmeros atos de violência entre os dois povos, e o processo de paz enfrenta atualmente novo impasse.

Israel pretende ver reconhecida a sua condição de “Estado-nação do povo judeu” e garantir a segurança das suas fronteiras, algo a que os árabes nunca acederam, por considerarem que aquelas terras são suas por direito, já que as habitavam desde há séculos.

Os patriarcas, arcebispos e bispos dos diversos ritos cristãos de Jerusalém encorajam os crentes a “buscarem a paz, que não pode ser comprada em troca de silêncio ou submissão à injustiça e corrupção”.

Para além deste problema, olham ainda para a questão religiosa, já que o mesmo espaço é dividido por judeus, muçulmanos e cristãos – estes últimos representando cerca de 2,1 por cento da população de Israel, ou seja, 146 mil habitantes.

À entrada para a Semana Santa, a polícia israelita reforçou esta segunda-feira a segurança dentro da cidade velha de Jerusalém, de forma a garantir proteção aos mais de 100 mil peregrinos cristãos que deverão tomar parte nas celebrações, recordando a entrada de Jesus na cidade, a sua crucifixão e ressurreição.

O Patriarcado Latino de Jerusalém conta com o apoio das “Igrejas mundiais”, para que “ajudem a dar voz às pessoas que vivem em silêncio, a quebrar muros e a construir pontes de boa vontade entre os homens”.

Aos líderes políticos de todo o mundo, pede sobretudo “sabedoria e discernimento para irem ao encontro das necessidades das pessoas, construindo um futuro melhor para todos os Filhos de Deus”.

JCP

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Agência ECCLESIA

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