D. Manuel Clemente lembrou a celebração da ressurreição em diferentes contextos de tragédia
Lisboa, 27 mar 2016 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa afirmou na homilia da Missa da Vigília Pascal que em Cristo “nunca há restos de morte, mas princípios de vida” e lembrou os cristãos que celebram a Páscoa em diferentes contextos de tragédia.
“Cristo não é um morto que se vela, mas a vida que se revela, plena e pujante”, disse D. Manuel Clemente na Sé de Lisboa.
O cardeal-patriarca de Lisboa recordou o primeiro anúncio da ressurreição de Cristo, quando um grupo de mulheres encontrou o túmulo onde Jesus tinha sido sepultado vazio e ouviram uma voz a dizer: “ressuscitou, não está aqui”.
“Começou assim uma cadeia de testemunhos que chegou até nós e que por nós há de continuar”, disse D. Manuel Clemente, lembrando todos os que celebram a Páscoa, nomeadamente no contexto da tragédia de Bruxelas, da perseguição dos cristãos na Síria ou do luto pelas vítimas de trágicos acidentes.
“Nesta Páscoa em que estamos, estão tantos irmãos nossos por esse mundo além e nos mais variados lugares e circunstância. Com todos está o ressuscitado, como está connosco aqui. Nesta Sé de Lisboa, como na de Bruxelas de tragédias recentes, na martirizada Síria, onde minorias cristãs arduamente perduram celebrando a Páscoa nalguma resto de templo ou nalgum local de improviso”, lembrou o cardeal-patriarca de Lisboa.
D. Manuel Clemente recordou ainda os refugiados, os que estão “em lugares seguros ou razoavelmente garantidos, ou às portas de Europa, fugindo do passado e não encontrando futuro” e também as famílias, tanto as que “estão bem, reunidas em paz” como as que “estão de luto porque um desastre matou quem vinha de longe ou uma doença vitimou alguém de casa”.
“Por eles e por outros estamos nós em Vigília, encontrando no ressuscitado a fonte da esperança para sermos, agora e depois, mais companhia e ajuda, mais testemunho e conforto”, garantiu.
PR