Páscoa: Cardeal-patriarca realça que Cristo marcou «etapa definitiva da humanidade»

D. José Policarpo celebrou a missa da Ceia do Senhor, que dá início ao Tríduo Pascal

Lisboa, 28 mar 2013 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa celebrou esta noite a missa da Ceia do Senhor chamando a atenção para a mensagem de “salvação” deixada por Jesus através da eucaristia.

“Antes de Cristo toda a longa caminhada do Povo de Deus é um anúncio, uma preparação, o suscitar da esperança, o anunciar um futuro que só Deus conhece. Cristo é a realidade definitiva, todas as promessas se cumprem nele”, referiu D. José Policarpo, durante uma homilia enviada à Agência ECCLESIA.

A missa da Ceia do Senhor recorda a última refeição que Cristo partilhou com os apóstolos antes da sua paixão, morte e ressurreição e marca também o início do Tríduo Pascal.

“Jesus não podia, apesar da densidade que estava a viver, deixar de celebrar a Páscoa com os discípulos. Mas só Ele sabia que aquela Páscoa era a primeira da etapa definitiva da humanidade”, referiu o cardeal-patriarca.

Segundo o atual presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, “quer se goste ou não”, com Cristo “a história da humanidade e a do próprio Povo de Deus tem um antes e um depois”, porque ele veio abrir “um tempo novo”, que se renova permanentemente.

D. José Policarpo reforçou esta ideia através dos símbolos contidos na celebração da Ceia do Senhor, como “o cordeiro pascal, o pão repartido, a taça de vinho partilhada em sinal de comunhão na esperança”.

Apesar daqueles símbolos evocarem a tradicional “ceia pascal judaica”, há “algo de completamente novo e inesperado” na sua “linguagem”.

Se eles antes surgiam apenas como “promessa de algo que só Deus” conhecia, depois de Cristo eles passaram a fazer “realisticamente” parte da vida das pessoas, o projeto salvífico passou a fazer-se “presente” em cada eucaristia.

No entanto, a “promessa” de Deus não “acaba”, a aliança com os homens é reforçada por Jesus a cada Páscoa, “sempre na medida em que as pessoas o seguirem e se identificarem com ele”, complementou.

O cardeal-patriarca explicou ainda o gesto do lava-pés, um dos rituais característicos da celebração da Ceia do Senhor, e que Jesus realizou junto dos seus discípulos.

De acordo com D. José Policarpo, “a Eucaristia como convívio exige uma pureza da ordem nova da redenção, e só Cristo, através do seu Espírito de amor, a pode realizar”.

Com o lava-pés, Jesus exprimiu ao mundo “a radicalidade do Seu amor redentor”, convidou e continua hoje a convidar cada homem e mulher a “deixar-se devorar por esse amor”, concluiu.

JCP

 

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Agência ECCLESIA

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