D. António Vitalino lembra que a Páscoa é para os cristãos um novo itinerário
Beja, 20 abr 2014 (Ecclesia) – O bispo de Beja, D. António Vitalino, desafia os diocesanos, na sua mensagem para a Páscoa, a viver o tempo pascal unidos e procurando no outro e nos mais frágeis o rosto de Cristo.
“Caminhemos juntos, escutemo-nos, demos as mãos, olhando para Cristo, espelhado na vida dos pobres, dos doentes, dos solitários, dos presos, das crianças, dos jovens, das famílias e dos idosos e proclamemos, por palavras, mas mais por gestos e obras, a vitória da vida em Cristo ressuscitado e naqueles que acreditam”, refere.
O prelado sublinhaque a Páscoa é para os cristãos “um novo itinerário com um horizonte e meta distante, mas real”, dado que durante a Quaresma “acompanhando Jesus” foi possível perceber que “o sofrimento e a morte fazem parte do caminho, mas não são a meta final, pois é a vida que sai vitoriosa”.
D. António Vitalino recorda aqueles que entregaram a sua vida “pela sua fé na ressurreição”, não fugindo “das situações de contrariedade e sofrimento”, como por exemplo São João de Brito, Madre Teresa de Calcutá, o jesuíta holandês Frans van der Lugt morto a tiro há poucos dias na Síria e o Papa João Paulo II que depois de ter sido baleado e ter sobrevivido “visitou na cadeia quem o pretendia matar e perdoou-lhe, como o fez Jesus na Cruz, perdoando a quem o crucificou”.
“Ontem como hoje os discípulos missionários de Jesus Cristo mantem-se junto dos povos em guerra ou a sofrer com a pobreza e cataclismos da natureza, na Síria, no Sudão, nos Camarões, etc”, assinala o bispo de Beja.
Na sua mensagem de Páscoa D. António Vitalino analisa estes exemplos que, na sua opinião, revelam a essência da “profissão de fé” que num mundo deprimido por muitas crises, pessoais, familiares, sociais, políticas, alimentares, económicas e financeiras ajuda a “levantar a cabeça e continuar com alegria e esperança o caminho da vida, perdoando, reconciliando, partilhando e acreditando na vitória do amor e da vida sobre o ódio, o egoísmo e a morte”.
D. António Vitalino pede por isso aos seus colaboradores e diocesanos que “não se cansem de caminhar no meio do povo” mantendo sempre atenção constante “aos sinais de Deus na vida das pessoas, que anseiam e gritam pela verdadeira liberdade e realização plena da vida pessoal e comunitária”.
“A todos alegres festas pascais, pois Cristo está vivo, ressuscitou e a nossa fé não é vã, mas uma certeza dum caminho firme e seguro”, conclui o bispo de Beja.
MD