Páscoa 2020: Sinos em festa, bênçãos, flores e velas anunciam ressurreição de Jesus em dia sem celebrações comunitárias

Bispos portugueses deixaram várias sugestões aos católicos

Lisboa, 11 abr 2020 (Ecclesia) – Os sinos das igrejas católicas de Portugal vão tocar hoje festivamente, por todo o país, para assinalar a ressurreição de Jesus, num dia sem celebração comunitária da Missa e o tradicional compasso pascal, por motivos de saúde pública.

D. António Couto, bispo de Lamego, explica que este gesto quer ser “sinal do anúncio da vitória de Cristo sobre a morte, e de esperança para todos os homens e mulheres que partilham este tempo de sofrimento e de comunhão entre todas as comunidades e pessoas”.

O cardeal D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, indicou que “onde for oportuno”, o sacerdote “pode sair da igreja e abençoar da rua” as casas com a água benta da vigília, revestido de alva e estola branca.

Já o arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, vai subir “ao ponto mais alto do terraço” da igreja de São Francisco, após a Missa de Páscoa, onde “dará a Bênção do Santíssimo Sacramento, Cristo Ressuscitado, à Cidade de Évora e a toda a Arquidiocese”.

O bispo do Porto, D. Manuel Linda, vai abençoar a diocese e o país, às 12h00, desde o tabuleiro superior da Ponte D. Luís, recuperando a tradição da ‘Procissão da Ressurreição’.

No momento da bênção vão ser recordados os que morreram na pandemia, os doentes de Covid-19 e suas famílias, os profissionais de saúde e dos lares de idosos, rezando pela “graça de, brevemente, poder regressar à vida normal”.

Em Lisboa, no final da Missa da Páscoa, o cardeal-patriarca dará, “de forma extraordinária”, a bênção com o Santíssimo Sacramento “sobre a cidade, sobre a diocese e sobre todos quantos, privados da participação física da celebração nas suas comunidades, acompanham transmissão televisiva, concedendo a indulgência plenária, segundo as condições estabelecidas pela Santa Sé”.

O bispo de Bispo de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro, dará a bênção com o Santíssimo Sacramento “à cidade e à diocese”, junto às portas da Catedral, após a Missa que se inicia às 18h00.

“A partir do Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor, continuaremos, todos os dias, a tocar o sino ao meio dia onde possível e a rezar o Regina Caeli [oração mariana que substitui o ângelus, no tempo pascal] e o Pai-Nosso como oração pessoal ou familiar”, indica D. José Cordeiro.

Vários bispos católicos deixaram sugestões aos católicos, para que possam dar, também a partir das suas casas, um sinal da alegria da Páscoa, como enfeitar uma cruz com flores (naturais ou de papel) ou tecido branco.

D. António Luciano, bispo de Viseu pede, por exemplo, que os católicos da diocese assinalem a alegria pascal com uma cruz enfeitada e a coloquem no centro da mesa, com uma vela.

OC

Covid-19: «Cruz à porta» é um desafio para as famílias nesta Páscoa (c/vídeo e fotos)

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Agência ECCLESIA

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