Paróquias no combate ao tráfico de pessoas

Propostas da Organização Internacional para as Migrações

A acção em rede revela-se como estratégia fundamental do combate ao tráfico. A que já está constituída através das estruturas eclesiais é um meio privilegiado de sensibilização, informação e prevenção do problema do tráfico. Nomeadamente as paróquias. Stefano Volpicelli, técnico da Organização Internacional para as Migrações (OIM) que participa no X Encontro de Agentes Sócio-pastorais das Migrações, que hoje termina em Fátima, valorizou o “potencial” que existe nas paróquias, nos seus líderes, os párocos, também para o combate ao problema do tráfico de pessoas.

Pela centralidade que ocupa numa comunidade e pelo conhecimento e contacto com todas as pessoas, o pároco pode denunciar e agir em situações de combate ao tráfico. E Volpicelli deu um exemplo: o contexto das empregadas domésticas. O formador da OIM referiu esse sector do trabalho, onde também existem situações de exploração de pessoas, recordando que, em muitos casos, essas empregadas apenas podem sair das casas em que servem para participar nas celebrações religiosas.

Numa celebração religiosa nos países de destino de pessoas vítimas de tráfico, “o padre pode estar diante de exploradores e pessoas exploradas”, referiu. Nessa circunstância, pode “criar condições de escuta a pessoas afectadas por este problema” e denunciar, também pelo diálogo pessoal, situações de exploração e tráfico.

“Na paróquia podemos ter um termómetro desta realidade”, disse Stefano Volpicelli. A acção do seu líder, o pároco, e dos seus colaboradores, pode ser uma eficiente mais-valia no combate ao tráfico de pessoas. Para Volpicelli, basta que haja em parceria com iniciativas da sociedade civil, já desperta para denunciar casos de exploração.

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