Paróquias da cidade de Braga na Internet

A partir do passado dia 25 de Março está disponível, em www.paroquiasdebraga.org, o portal das paróquias da cidade de Braga. Concretizamos assim mais um objectivo do projecto «Uma igreja na cidade e para a cidade». Fazendo, em síntese, um pouco de história, recordo que esta iniciativa tem algum tempo de caminho: o símbolo das 9 paróquias, a reflexão promovida nos jornais Correio do Minho e Diário do Minho, o blog que mantivemos durante largos meses. Para construir esta página quisemos manter a nossa parceria com a «Sensoria, – Design, Multimédia e Comunicação Lda». Mas hoje, mais do que falar de resultados alcançados, devemos falar de desafios. Disponibilizar este portal é, para a pastoral da cidade, uma oportunidade e um desafio. É útil ter presente que na reflexão promovida durante os meses das visitas pastorais enfatizou-se a importância de a Igreja estar mais perto das pessoas, de tornar o seu discurso mais significativo na vida dos fiéis, de se implicar activamente nas mudanças sociais, de ser mais participativa na comunidade onde está inserida, de ser mais inovadora e menos formal. Estes reptos obrigam, sem dúvida, a repensar as nossas liturgias, a nossa pastoral, o nosso discurso, os nossos códigos e a nossa forma de estar e comunicar. «O fenómeno actual das comunicações sociais obriga a Igreja a uma espécie de “conversão” pastoral e cultural para estar à altura de enfrentar adequadamente a mudança de época que estamos a viver. As novas tecnologias, em especial, criam novas oportunidades para uma comunicação entendida como serviço ao governo pastoral e à organização das diversas tarefas da comunidade cristã. Pense-se, por exemplo, na Internet: não só proporciona recursos para uma maior informação, mas também habitua as pessoas a uma comunicação interactiva» palavras de João Paulo II na recente Carta Apostólica «o rápido desenvolvimento» dirigida aos responsáveis pelas comunicações sociais. Julgamos que não devemos fazê-lo sozinhos, fechados em templos silenciosos ou em reuniões exclusivamente clericais. Pelo contrário, urge promover espaços de reflexão colectiva, onde participem pessoas com experiências e conhecimentos diversificados. É a mobilização de todos que se torna imprescindível fomentar. Uma Igreja mais aberta aos problemas das pessoas e mais atenta às mudanças estruturais da sociedade. Uma pastoral com capacidade de integrar os leigos e seguir com novas dinâmicas. Um clero que pense as suas actividades de forma colectiva e que estabeleça canais permanentes de comunicação com a respectiva comunidade. A urgência de criar uma plataforma de diálogo entre a sociedade e a religião. Se actualmente os padres nem sempre estão onde estão as restantes pessoas, concordamos que é preciso sair mais dos templos. Mas também é vital que os leigos se aproximem mais, para nos ajudarem a trilhar caminhos, para nos falarem das actuais configurações da sociedade e para reflectirem connosco os nossos modos de dizer e de fazer. Restabelecemos hoje um ponto de partida para um percurso que só será viável, se for feito por todos: por um clero mais activo e por leigos mais interventivos. Nesta perspectiva, a Internet é relevante para muitas actividades e programas da Igreja. É verdade que não substitui a relação interpessoal, a presença na assembleia cristã, no grupo de partilha e aprofundamento da fé, mas pode complementá-las. Escreve João Paulo II, no documento acima referido: «De facto, a Igreja não deve contemplar apenas o uso destes meios de comunicação para difundir o Evangelho mas, hoje mais que nunca, para integrar a mensagem salvífica na “nova cultura” que precisamente estes mesmos meios criam e amplificam. A Igreja adverte que o uso das técnicas e das tecnologias da comunicação contemporânea é parte integrante da sua própria missão no terceiro milénio. Nos meios de comunicação a Igreja encontra um apoio excelente para difundir o Evangelho e os valores religiosos, para promover o diálogo e a cooperação ecuménica e inter-religiosa, assim como para defender os sólidos princípios indispensáveis para a construção de uma sociedade respeitadora da dignidade da pessoa humana e atenta ao bem comum». Este é um portal singular, uma vez que engloba várias paróquias. A sua estrutura está definida com base naquilo que é a vida normal de cada paróquia. A sua identidade: quem é, onde fica, o que tem, qual a sua dinâmica, quais as suas actividades. Esta simples informação é demasiado estática, ao contrário do dinamismo, ou mesmo hiper-dinamismo, que caracteriza a Internet, parecendo quase paróquias debruçadas sobre elas próprias, paróquias que falam apenas das pessoas que fisicamente nelas habitam, paróquias que são espelho delas próprias e não janelas que, a partir do mundo delas, deixam entrar outros mundos. Por isso, o desafio é ir mais longe e falar da vivência da paróquia da fé cristã: que informação dá sobre a religião, que pistas de reflexão proporciona; de que forma a paróquia vive em sociedade: quais os problemas que a preocupa, quais as janelas que abre para o quotidiano…. Temos consciência do caminho que é preciso percorrer para dar vida ao portal. Quisemos marcar o dia de Páscoa da Ressurreição de Jesus como uma data simbólica para apresentação deste novo projecto. Neste momento estão disponíveis informações básicas sobre as paróquias, como por exemplo, os horários das Eucaristias, funcionamento da catequese, contactos, horários das secretarias. Nos próximos dias iremos disponibilizar mais informação, formação e serviços pastorais. O tempo da Páscoa marcará o ritmo da nossa caminhada. A primeira meta será o dia 26 de Maio, dia de Corpo de Deus, em que teremos completado um dos objectivos deste ano pastoral. O Coordenador da Zona Pastoral (P. António Sérgio Torres)

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