Com 25 anos de história, esta comunidade da cidade do Porto está insatisfeita A paróquia da Areosa “foi e é a menina dos meus olhos” em 34 anos de padre “foi a aposta e o desafio que deu sentido ao meu sacerdócio” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. José Maia, vigário paroquial desta paróquia que está a celebrar os 25 anos. Tudo começou numa pequena capela pertencente à comunidade religiosa dos padres Claretianos e a 4 de Março de 1979, por decreto de D. António Ferreira Gomes, bispo do Porto, foi criada a Paróquia de Nossa Senhora da Areosa, Porto. Uma “aposta ganha” porque “fizemos uma comunidade viva de quatro restos de paróquias”. Uma comunidade “nova” onde “tivemos a afirmação da força do laicado na Igreja”- sublinhou este sacerdote claretiano. Com 25 anos de idade a “inquietação” ainda existe e o lema é sintomático: “Faz-te ao largo”. A igreja foi inaugurada a 17 de Maio de 1987 e “podemos dizer que é uma paróquia com memória”. Aqueles que estiveram presentes na primeira hora “ainda colaboram” e para tipificar a “nossa paróquia costumo dizer que é a única, na cidade do Porto, que não tem sacristão”. E adianta: “cada cristão é um accionista” – afirma o Pe. José Maia. Um dinamismo próprio que se ganha o seu significado numa frase do Pe. José Maia: “um homem satisfeito é uma fonte que secou”. Com o lema “faz-te ao largo”, os cristãos entenderam que a paróquia tem de criar “novas oportunidades para aqueles que ainda não foram tocados pela Boa Nova”. Como consequência desta celebração jubilar “iremos fazer um ano de estudo socio-religioso à paróquia”. Um estudo que pretende conhecer a realidade “destas 28 mil pessoas que aqui residem”. Só depois “podemos reorientar a nossa estratégia de evangelização” – salienta o vigário paroquial. Uma comunidade “muito diversa” que soube manter a “unidade sem eliminar a sua preocupação missionária”. A tal insatisfação para “irmos ao encontro das pessoas”. Com actividades diversificadas – apoio a crianças e idosos, desporto, teatro, escola de música e rancho folclórico – o Pe. José Maia adianta que o teatro, o último sector a nascer nesta comunidade, “é uma linguagem” e até o pastor irá entrar na peça comemorativa destas bodas de prata. No palco, o Pe. José Maia irá recordar as “cenas mais marcantes” dos últimos 25 anos. E adianta: “desde ameaças de tiros… a coisas engraçadas”. Uma maneira de “fazer memória” mas também preocupados em “fazer acontecer: ser mais fermento” – concluiu.