Parlamento: Federação Portuguesa pela Vida critica novo debate sobre adoção por pessoas do mesmo sexo

Insistência na questão revela «um desrespeito total pela democracia e pelo povo português», realça José Maria Duque

Lisboa, 21 jan 2015 (Ecclesia) – A Federação Portuguesa pela Vida considera que o novo debate no Parlamento sobre a adoção nas uniões de pessoas do mesmo sexo revela “um desrespeito total pela democracia e pelo povo português”.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, José Maria Duque, representante da FPV, frisou hoje que esta questão “nunca fez parte do programa eleitoral de nenhum dos partidos” nem foi “posta à consideração das pessoas”.

Além disso, recorda o mesmo responsável, “esta é a quarta vez” que estão a ser debatidos projetos-lei desta natureza, anteriormente "chumbados”.

“Os deputados exercem o poder que lhes é delegado pelo povo quando os elege. A adoção de crianças por pessoas do mesmo sexo é uma coisa que transforma completamente a sociedade portuguesa, e nenhum dos partidos está mandatado para fazer isto”, reforça.

Para José Maria Duque, numa altura em que as famílias passam por “graves problemas”, seria muito mais oportuno que o Parlamento debatesse “como é que a legislação as pode ajudar”.

O membro da FPV sublinha que “a base da família é um homem e uma mulher” e que “em Portugal existem inúmeras crianças que são retiradas aos pais pelo simples facto deles não terem dinheiro”.

“Isto é que é importante pensar. Se os pais não têm dinheiro, ajude-se os pais. Mas não, vemos os partidos mais uma vez preocupados com engenharias sociais em vez de cuidar do bem-estar de quem precisa”, conclui.

O Partido Socialista, o Bloco de Esquerda e o Partido ‘Os Verdes’ levaram esta quarta-feira a debate à Assembleia da República um conjunto de projetos-lei sobre a adoção plena nas uniões entre pessoas do mesmo sexo.

A votação de cada um destes projetos-lei está marcada para esta quinta-feira.

BE e PS vão ainda defender projetos de lei para alargar o acesso à procriação medicamente assistida a todas as mulheres, independentemente do estado civil ou orientação sexual, a 4 de fevereiro, agendou hoje a conferência de líderes parlamentares.

JCP/OC

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