Parlamento Europeu estuda intervenção no Iraque a favor dos cristãos

O Parlamento Europeu debruçou-se ontem, dia 9, numa mesa-redonda em Bruxelas, sobre a situação dos cristãos no Iraque. Cinco anos depois do início da guerra, o nível de violência no Iraque está a reduzir-se gradualmente mas acentuam-se as discriminações e episódios de violência contra as minorias, especialmente os cristãos, que representam menos de 4% da população. A denúncia foi feita na mesa-redonda, que teve a participação de Monsenhor Krysztof Nitkiewicz, vice-secretário da Congregação para as Igrejas orientais, e uma delegação da secretaria internacional da Pax Christi. Todos os dias, verificam-se ataques, raptos, assassínios, ameaças de morte e discriminações profissionais aos cristãos, principalmente no sul e no centro do país. Um ano após a resolução contra as perseguições religiosas, o Parlamento Europeu estuda uma forma de intervir no Iraque a favor dos cristãos perseguidos e evitar o seu êxodo. Mons. Nitkiewicz explicou que no Médio Oriente a liberdade religiosa, entendida como liberdade de culto, é assegurada, à excepção da Arábia Saudita. “Mas a liberdade religiosa significa algo mais”, indicou, apontando “direitos de família a nível administrativo e direito de conversão ao cristianismo”. Mons. Nitkiewicz reiterou ainda o princípio da reciprocidade no respeito da liberdade religiosa. “A obra da Igreja, em beneficio de pessoas de todas as crenças deveria ser reconhecida pelo mundo islâmico”. O vice-presidente do Parlamento, Mario Mauro, destacou que o fundamentalismo religioso é uma instrumentalização da religião, e que tutelar a liberdade religiosa significa defender a liberdade de todos. Com Rádio Vaticano

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top