Paris: manifestação pelo fim das perseguições dos cristãos coptas egípcios

Várias centenas de pessoas manifestaram-se neste Domingo em Paris para exigir “o fim das perseguições” à minoria copta do Egipto. A mobilização ocorreu na sequência do assassinato de seis cristãos e um polícia muçulmano em Nagaa Hamadi, 600 km ao sul do Cairo, no dia 6 de Janeiro, véspera do Natal daquela comunidade cristã.

“Os homens nascem livres e iguais em direitos?” e “Justiça para os mártires coptas do Egipto” eram algumas das frases escritas nas faixas empunhadas pelos manifestantes, que se juntaram diante do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

“Viemos defender os nossos direitos, a nossa vida. É preciso que estas perseguições acabem”, declarou Megally Shenouda, de 26 anos.

Rodeada de mulheres que seguravam uma grande cruz cristã, Maryse Maurice, assistente comercial de 26 anos, lamentava a passividade “cúmplice” das autoridades egípcias. “Há violência todos os dias e a polícia deixa que ela continue e até encoraja os agressores. E quando um deles é detido, declaram-no demente e nunca é julgado”, garantiu.

“Nestes últimos dias queimaram a casa de familiares meus, no Cairo”, referiu Samira Georges. Esta copta egípcia de 65 anos está de férias na capital francesa, em casa dos seus filhos, a quem encorajou a deixar o país para “terem uma vida melhor”.

Um dos organizadores da manifestação, Waguih Riad, vice-presidente da Associação dos Coptas da Europa, espera ver as democracias ocidentais “mobilizarem-se mais” pela sua comunidade no Egipto.

Este responsável acredita que o poder egípcio “permite as violências contra os coptas para satisfazer os islamitas” e duvida que a situação daqueles cristãos mude enquanto não houver fortes pressões internacionais.

Com AFP

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Agência ECCLESIA

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