Para que o referendo seja um acto de pessoas responsáveis

Manifestando a importância do envolvimento cívico na temática do aborto “que é um tema que se coloca na base da concepção de vida” e porque esta é uma temática que mexe com a consciência das pessoas, a Vigararia Episcopal da Cultura, na Diocese de Vila Real mostra-se empenhada no esclarecimento das pessoas. Através de comunicado o Vigário episcopal da Cultura, em nome da Vigararia, pretende sublinhar que a “cultura ocidental, desde há muito, chegou à conclusão de que, a não ser em raríssimas situações de legítima defesa (pessoal, familiar ou social), atentar contra a vida humana é sempre um mal enorme e chocante”. Assim o plano jurídico deve integrar os valores que o desenvolvimento civilizacional e cultural já inventariaram, “sob pena de se tornar um ordenamento jurídico do tempo das cavernas para pessoas da modernidade”. A tentativa de legitimar um acto mau por intermédio da cobertura da vontade popular é “absolutamente ridículo e indigno da democracia”, manifesta o Pe. Manuel Linda através do comunicado, pois “é desonestidade intelectual e cultural afirmar-se ou insinuar-se que um acto mau já se justifica «se essa for a vontade da maioria»” O acto do «aborto de vão de escada» ou de clínicas milionárias, ser à décima ou trigésima semana, etc., etc., “são aspectos meramente derivados, quando não folclóricos”, aponta o Vigário Episcopal da Cultura. E continua afirmando que as pessoas que se empenham nas causas ditas «fracturantes» “não devotam o mesmo interesse às causas da vida e das mães em dificuldade”. E questiona “que legitimidade ética e cultural tem o Estado para assumir as despesas do aborto e não aumentar os ridículos abonos de família nem apoiar as grávidas em dificuldade?” No comunicado é sublinhada a necessidade de reflectir nestas questões “para que o próximo referendo seja um acto cívico de pessoas inteligentes, adultas e responsáveis”.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top