“Para evangelizar é preciso aprender a amar” e “para aprender a amar basta deixar-se amar”. Esta foi a mensagem central da homilia do Cardeal-Patriarca na Eucaristia diante das Relíquias de Santa Teresa de Lisieux, realizada na Sé Patriarcal de Lisboa, este Domingo. Segundo o Patriarca de Lisboa, “a evangelização é uma expressão da caridade”. “Devemos meditar neste momento” e “perceber que só o amor redentor de Jesus pode transformar os corações”. Deste modo, para evangelizar, “basta amar”, sendo que “todos podem evangelizar, desde que aprendam a mergulhar na fonte do amor”: “As crianças, as mães de família, os jovens na sua escola ou no seu grupo, os trabalhadores no seu local de trabalho, os presos, os doentes e os idosos, podem testemunhar a salvação, se aprenderem a amar”, indicou. Falando concretamente de Santa Teresinha, o Cardeal-Patriarca começou por sublinhar o amor de Teresa de Lisieux por Jesus Cristo, salientando a sua vontade de “amar até morrer de amor”. “Segundo o seu próprio testemunho, foi durante a Eucaristia que ela sentiu a voragem de amor divino, no crucificado, o que despertou nela o desejo infinito de se entregar a esse amor e de o anunciar, amando”, referiu D. José Policarpo, para lembrar que “na Eucaristia podemos cruzar o nosso coração com o amor infinito de Deus, expresso na Paixão de Cristo”. O Patriarca de Lisboa pediu ainda que Santa Teresinha seja “modelo de amor das mulheres cristãs da nossa Diocese”, sublinhando que “as mulheres podem ter um papel decisivo na evangelização, se forem mulheres eucarísticas, se escutarem o convite de amor que brota do coração de Cristo”. O Cardeal-Patriarca deixou o apelo: “A todas as mulheres cristãs, mas sobretudo às nossas queridas jovens, eu digo hoje, aqui, diante de Santa Teresinha: a Igreja precisa do vosso amor. Se quiserdes aprender a amar, vinde aqui, nestes dias, pedir-lhe que ela vos ensine, na certeza de que ela vos apontará Jesus Cristo Vivo, que espera por vós em cada Eucaristia”. Diogo Paiva Brandão