Paquistão: Tribunal volta a adiar decisão de libertar ou manter presa criança acusada de blasfémia

Nova audiência marcada para segunda-feira

Lisboa, 01 set 2012 (Ecclesia) – O tribunal de primeira instância de Islamabad, no Paquistão, deliberou hoje adiar para segunda-feira a audiência em que vai decidir a libertação sob caução de Rimsha Masih, criança de 11 anos acusada de blasfémia.

O protelamento ocorre depois de na quarta-feira o tribunal ter adiado a resolução para este sábado, revelou hoje a Agência Fides.

A criança, de uma Igreja Protestante, teria alegadamente queimado páginas de um livro com passagens do Corão.

Em causa está o artigo 295 do Código Penal paquistanês: a secção B refere-se a ofensas contra o Corão que são puníveis com prisão perpétua; a secção C refere-se a atos que enxovalham o profeta Maomé, puníveis com prisão perpétua ou com a morte.

A defesa de Masih, menina com a síndrome de Down, espera que os resultados da observação da comissão médica permitam que o juiz anule a acusação.

“Rimsha é inocente, não há provas conta ela. Brevemente vai ser libertada”, afirmou o presidente da Aliança das Minorias do Paquistão, Paul Bhatti, citado pela Fides.

A polícia prendeu Rimsha a 16 de agosto “sob pressão de uma centena de radicais islâmicos”, sublinha a agência de informação ligada ao Vaticano, acrescentando que cerca de 600 famílias cristãs do bairro Mehra Jafar, onde morava a família da criança, tiveram de fugir, “com medo de represálias dos extremistas”.

OC/RJM

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