Cristã foi condenada à morte em 2010
Lisboa, 31 out 2018 (Ecclesia) – O Supremo Tribunal do Paquistão absolveu hoje a cristã Asia Bibi, que tinha sido condenada à morte em 2010 por uma acusação de blasfémia, ordenando a sua libertação imediata.
O caso arrastava-se desde 2009, tendo contado com a intervenção de várias organizações católicas e do próprio Papa.
Em março deste ano, Asia Bibi foi autorizada a receber a visita do seu marido, Ashiq, e de uma das suas filhas, Eisham, na cadeia de Multan, onde se encontra, para lhe entregaram um terço oferecido pelo Papa Francisco no contexto de uma iniciativa organizada pela fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
A AIS precisou, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, que no Paquistão existe “um enquadramento legal que poderá vir a ser alterado face às acusações de blasfémia, normalmente injustas, incorretas e ilegais, mas que, apesar disso, têm permitido a condenação de inúmeros inocentes, muitos deles cristãos”.
O portal de notícias do Vaticano sublinha que, após a absolvição de Asia Bibi, houve protestos promovidos por partidos islamitas contra a decisão, o que já levou ao reforço da segurança junto de locais de culto cristãos.
A cristã paquistanesa foi acusada, por outras mulheres, de ter blasfemado contra Maomé, o que foi sempre negado pela sua defesa.
OC