Num ano o balanço no país passou de 7 para 128 mortos
Lisboa, 22 ago 2014 (Ecclesia) – No Paquistão morreram mais de 120 cristãos em 2013 vítimas de violência religiosa, de acordo com o relatório anual da Comissão dos Estados Unidos da América sobre a Liberdade Religiosa Internacional.
“Enquanto o governo não tomar medidas contra os autores da violência religiosa, protegendo os mais vulneráveis, a situação continuará a deteriorar-se”, assinala o organismo num comunicado veiculado pela Fundação Ajuda a Igreja que Sofre..
A AIS analisou o relatório que explica que “a violência contra as comunidades cristãs aumentou substancialmente nos últimos meses”.
“Sete cristãos foram mortos em ataques entre junho 2012 e junho de 2013, enquanto nos últimos 12 meses foram já 128 mortes”, acrescenta a AIS.
A Fundação ligada à Santa Sé adianta que o grupo religioso “mais visado” no Paquistão são os muçulmanos xiitas: “Mais de 220 xiitas foram assassinados nos últimos 12 meses, em atentados, tiroteios e ataques direcionados contra a comunidade”.
O relatório da comissão norte-americana sobre Liberdade Religiosa Internacional destaca que o grupo extremista islâmico TTP Jundullah, com ligações aos talibãs afegãos, foi o responsável pelo ataque mais mortífero contra os cristãos na história do Paquistão, que vitimou 119 pessoas.
No atentado, os militantes suicidas do TTP Jundullah detonaram duas bombas na Igreja de Todos os Santos, em Peshawar, em setembro de 2013.
“O Paquistão é considerado como um dos dez países no mundo onde a comunidade cristã é mais violentamente perseguida, registando-se um elevado grau de impunidade com os autores dessa violência”, observa ainda a AIS.
AIS/CB/JCP