A Igreja Católica no Paquistão acolheu com grande esperança a Petição Internacional para abolir a lei contra a blasfémia, lançada pelo secretariado francês da organização internacional católica Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
Até ao momento, já são mais de 3 mil adesões. A lei da blasfémia regula as ofensas contra o Corão ou Maomé e castiga os que a violam com penas que podem levar até à prisão perpétua e mesmo à morte.
Peter Jacob, Secretário executivo da Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal do Paquistão, disse que este pedido “é uma iniciativa que é muito bem-vinda. Estamos muito contentes, é uma lufada de ar fresco para nós”.
“Entre outras coisas – continuou Peter Jacob -, estamos preocupados porque parece que noutros países do mundo, sobretudo os islâmicos, há um debate se leis como esta devem ser aprovadas. Temos de criar uma maior consciência na comunidade internacional”.
O observatório para a liberdade religiosa no mundo da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre afirma a respeito do Paquistão que “o pior instrumento de repressão religiosa é a lei da blasfémia, a qual continua a causar cada vez mais vítimas”.
Esta lei refere-se na realidade ao Artigo 295, B e C, do Código Penal do Paquistão. A secção B refere-se a ofensas contra o Alcorão que são puníveis com prisão perpétua; a secção C refere-se a actos que enxovalham o profeta Maomé, puníveis com prisão perpétua ou com a morte.
Departamento de Informação da Fundação AIS