Paquistão: Páscoa celebrada apesar perseguição religiosa

A comunidade cristã no Paquistão celebrou esta Páscoa com fervor, apesar da peseguição religiosa e dos violentos ataques lançados por extermistas islâmicos. A principal arma de arremeso continua a ser a controversa lei da blasfémia, utilizada contra os cristãos de forma indiscriminada. Na localidade de Toba Tekh Sing, cinco pessoas foram acusadas: uma foi presa, as outras conseguiram fugir. O irmão do cristão que foi preso acabou,ele próprio, por ser detido sem nenhuma acusação. Para a família, trata-se de um acto de intimidação por parte das autoridades locais, de forma a entregarem os que se encontram em fuga. O Paquistão é uma república islâmica e o Islão é a religião de Estado. Nos termos do artigo 41º da Constituição – suspensa após o golpe de 1998 – o Presidente da República tem de ser muçulmano. Embora o artigo 20º da Constituição de 1973 declare que todos os cidadãos têm liberdade de culto, profissão e divulgação e o artigo 36º afirme que o Estado salvaguarda os interesses e os direitos das minorias, a realidade é diferente. Os cristãos, embora não sejam perseguidos, são frequentemente vítimas do aparelho judicial e são torturados e presos com o pretexto de terem violado o artigo 295º do Código Penal relativo ao crime de blasfémia (os outros artigos do Código Penal inerentes a este crime são os artigos 296º, 297º e 298º) aplicável contra quem vilipendiar o Islão ou insultar Maomé. A norma é usada para vinganças de adversários políticos ou inimigos pessoais, por parte de muçulmanos integristas, ou para vinganças privadas. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre

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