Paquistão: Igreja critica ação do governo perante novas inundações

Situação de emergência coloca em risco milhões de pessoas

Lisboa, 15 set 2011 (Ecclesia) – Representantes da Igreja Católica no Paquistão criticaram a ação do governo local perante as novas inundações que atingem o sul do país, ameaçando milhões de pessoas.

Amjad Gulzar, diretor executivo da Caritas Paquistão, disse à agência Fides, do Vaticano, que se trata de uma “emergência nova e terrível” numa altura em que o país ainda estava empenhado na reconstrução, após as cheias do ano passado.

“São urgentemente necessários, nesta fase inicial, alimentos e tendas para os deslocados”, alerta.

Nos últimos dias, morreram mais de 200 pessoas e centenas de milhares ficaram desalojadas.

Para o diretor da Caritas paquistanesa, “a resposta do governo não tem sido eficaz”, com “consequências desastrosas de pobreza e miséria para milhões de pessoas”.

Este domingo, as Nações Unidas anunciaram que vão prestar ajuda às vítimas das fortes inundações que se abateram nas últimas semanas sobre o sudeste do Paquistão.

Num comunicado, a ONU afirmou que a crise humana ainda “está a crescer”, tendo avançado que a organização vai começar a distribuir rapidamente comida, água e alojamento na província de Sind, no sul do país.

Questionado pela Fides, Peter Jacob, leigo católico e diretor da Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal do Paquistão, destaca que em Sind “há muitas comunidades hinduístas e cristãs afetadas pelas inundações e deslocadas”.

“Esperamos que não haja discriminação na ajuda, que chegue aos que dela necessitam. Desejamos uma ação efetiva”, apontou.

As enchentes de 2010 mataram cerca de 2000 pessoas e deixaram 11 milhões de desalojados, num dos piores desastres naturais do Paquistão.

OC

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