Fundação pontifícia alerta para pressão de grupos extremistas
Lisboa, 04 dez 2018 (Ecclesia) – As filhas de Asia Bibi, mulher paquistanesa que foi absolvida pelo Supremo Tribunal do país de uma acusação de blasfémia, com a correspondente pena de morte, denunciaram um clima de “ameaças” constantes após a sentença.
A situação é tornada pública, em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, pela fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), a qual fala numa “situação de pavor” em consequência da “perseguição” que grupos extremistas estão a fazer à família e amigos de Asia Bibi.
A mulher, mãe de cinco filhos, esteve presa após ter sido condenada à morte por blasfémia em 2010; no final de outubro, o Supremo Tribunal de Justiça do Paquistão ilibou-a de todas as acusações.
Joseph Nadeem, amigo de Asia Bibi, refere à AIS que ele próprio corre perigo e vive escondido.
“Assim que Asia foi absolvida, fomos forçados a fugir”, explica.
Asia Bibi e o seu martido estão sob proteção governamental, num lugar desconhecido; outros membros da família e os amigos mais próximos não puderam ficar com eles.
“Os islamistas continuam a querer apanhar-nos, e sempre que sentimos que estamos em perigo, temos que partir de imediato. Não podemos sair à rua abertamente para comprar comida”, relata Nadeem.
OC