Lisboa, 12 nov 2014 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre informa que mais de 50 deputados britânicos enviaram uma carta, ao primeiro-ministro do Paquistão e ao responsável pela área da Justiça, a pedir a “revisão urgente do caso Asia Bibi”.
Se a sentença for cumprida a cristã Asia Bibi vai tornar-se na “primeira mulher a ser executada por blasfémia na história do Paquistão”, escreveram os parlamentares.
A carta onde este caso é apontado como um “erro judicial” e se pede a intervenção das autoridades paquistanesas foi escrita pelo deputado muçulmano Rehman Chishti e subscrita por mais 53 parlamentares.
A AIS assinala que o mesmo deputado, em outubro, pediu ao primeiro-ministro britânico que abordasse este caso com o governo deste país asiático.
Em resposta, David Cameron disse que o seu executivo “tem pressionado o governo do Paquistão para alterar as leis de blasfémia” e revelou que ia falar pessoalmente com o seu homólogo.
Para a Fundação pontifícia, a condenação da cristã Asia Bibi veio demonstrar que “muitas vezes”, a lei da blasfémia é usada em “disputas de terras ou simplesmente para desacreditar alguém na comunidade local, recorrendo-se à mentira e à infâmia”.
“Recorde-se que dois políticos paquistaneses, o muçulmano Salmaan Tasser e o cristão Shabhaz Bhatti, foram assassinados por terem ousado defender Asia Bibi da acusação de blasfémia”, acrescenta a AIS.
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre destaca também que sete parlamentares portugueses – José Ribeiro e Castro, Raúl Almeida e Teresa Anjinho, do CDS-PP; António Braga do PS e António Prôa, Carina Oliveira e Teresa Anjinho, do PSD – também endereçaram uma carta ao presidente e ao primeiro-ministro do Paquistão onde frisam a “prolongada e violenta injustiça” a que está sujeita Asia Bibi.
AIS/CB