Paquistão: cristão condenado à morte por blasfémia

Um tribunal distrital do Paquistão condenou à morte o cristão Younis Masih, considerando-o culpado de ter ofendido Maomé e o Corão. A defesa considera que não há provas e acusa a polícia de negligência na investigação do caso. A denúncia de blasfémia foi apresentada à polícia de Lahore no dia 10 de Setembro de 2005. Segundo os acusadores, Masih teria ofendido o Islamismo numa disputa com um grupo de muçulmanos, o que no Paquistão equivale à pena capital. Para o advogado deste cristão, a condenação não tem nenhuma base e os testemunhos recolhidos “apenas servem para matar um pessoa”. Um dos acusadores queria que os cristãos rezassem segundo os costumes islâmicos, o que deu origem à discussão com Younis Masih. A abolição da Lei da Blasfémia, consagrada no Código Penal paquistanês e objecto de muitas críticas por parte da Igreja, tem sido pedida pelos líderes de várias confissões religiosas. Apesar do presidente paquistanês Pervez Musharaff ter já anunciado o seu fim, esta norma foi responsável, segundo a Conferência Episcopal, pela acusação injusta de 148 muçulmanos, 208 ahmads, 75 cristãos e 8 hindus, desde 1987, ano em que a lei entrou em vigor. Basta uma denúncia oral para que se possa deter uma pessoa por blasfémia. Estas denúncias são, muitas vezes, motivadas por ódios pessoais, inveja e desejo de vingança, levando a muitas detenções arbitrárias com consequências trágicas. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre

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