Paquistão: Cristã condenada à morte por blasfémia está debilitada mentalmente

Lisboa, 21 dez 2011 (Ecclesia) – As condições psíquicas de Asia Bibi, a cristã paquistanesa condenada à morte por blasfémia e detida desde junho de 2010, degradaram-se muito, revelou uma organização não governamental (ONG) que defende os cristãos no Paquistão, citada pela Rádio Vaticano.

Uma delegação da ONG Masihi Foundation deslocou-se segunda-feira à prisão de Sheikpura, no Pendjab, onde está presa a mulher de 46 anos.

Asia Bibi “parece claramente envelhecida, tem uma tez lívida, parece muito frágil e mesmo incapaz de ficar sozinha”, segundo a associação.

A cristã foi condenada à morte por enforcamento em novembro de 2010, tendo sido insuficientes os apelos à libertação feitos pelo governador Salman Taseer e o ministro cristão das Minorias, Shahbaz Bhatti, ambos assassinados, e também pelo Papa Bento XVI.

O observatório para a liberdade religiosa no mundo da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (www.fundacao-ais.pt) afirma a respeito do Paquistão que “o pior instrumento de repressão religiosa é a lei da blasfémia, a qual continua a causar cada vez mais vítimas”.

Esta lei refere-se na realidade ao Artigo 295, B e C, do Código Penal paquistanês. A secção B refere-se a ofensas contra o Alcorão que são puníveis com prisão perpétua; a secção C refere-se a atos que enxovalham o profeta Maomé, puníveis com prisão perpétua ou com a morte.

Lusa/OC

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