Lisboa, 11 abr 2014 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) revela que os advogados de Shafqat Emmanuel e Shagufta Kasuar, o casal de cristãos condenados à morte por blasfémia, recorreram da sentença para o supremo tribunal de justiça.
Os dois cidadãos paquistaneses foram condenados depois de no passado dia 4 de abril, terem sido acusados de blasfémia devido a uma alegada mensagem enviada através do telemóvel.
Segundo a ONG “World Vision in Progress”, citada pela agência de notícias Fides, “os advogados de Shafgat e Kasuar, têm sido ameaçados como tentativa de pressão para desistirem deste caso”.
“Até mesmo o juiz que proferiu a sentença de primeira instância foi vítima de pressões e ameaças de extremistas islâmicos”, afirmou Farrukh H. Saif, diretor executivo desta ONG que está a acompanhar este caso e a garantir a assistência legal ao casal, em prisão desde julho do ano passado, assim como o apoio económico para os seus 4 filhos.
A AIS recorda este caso que está a mobilizar a opinião pública internacional, por ser “cada vez mais recorrente o uso de falsas acusações de blasfémia como meio para se atacar a minoritária comunidade cristã”.
Shafqat Emmanuel e Shagufta Kasuar são analfabetos e não foi feita qualquer prova de que a acusação é verdadeira, sendo que “o telemóvel que teria servido para o envio da referida mensagem estava dado como perdido há algum tempo, não tendo sido possível, por isso, a sua utilização por nenhum dos elementos do casal quando alegadamente a mensagem teria sido escrito”.
A ONG “World Vision in Progress” pede à comunidade internacional “para se manifestar contra esta injustiça”, assegurando que se vai fazer tudo o que for “possível” para a defesa e libertação deste casal cristão, sendo que é preciso sempre confiar “na providência de Deus”.
AIS/MD