Bento XVI apela ao respeito pela vida desde a sua concepção e destaca compromisso em favor dos mais pobres
Bento XVI voltou a defender este Domingo “a dignidade e o valor primordial do matrimónio e da família”, ao dirigir-se aos fiéis reunidos junto da basílica da Sagrada Família, em Barcelona.
Antes da recitação do Angelus, o Papa disse que a família é “esperança de humanidade, na qual a vida encontra acolhimento, desde a sua concepção ao seu declínio natural”.
Para Bento XVI, à imagem de Jesus, os cristãos devem ser “semente de esperança, que semeada nos corações, alenta a esperança”.
Junto da fachada da natividade, e tal como fizera na missa de dedicação da igreja, o Papa saudou o “génio de Antoni Gaudí, inspirado pelo ardor da sua fé cristã”, que fez deste espaço “um louvor a Deus, lavrado na pedra”.
“Um louvor a Deus que, como o nascimento de Cristo, teve como protagonistas as pessoas mais humildes e simples. Com efeito, Gaudí, com a sua obra, pretendia levar o Evangelho a todo o povo”, acrescentou.
Bento XVI, que confessou a sua “grande alegria” por estar neste local, falou dos pórticos no exterior da basílica como “uma catequese sobre Jesus Cristo, um grande rosário, que é a oração dos simples”.
Lembrou ainda a criação de uma escola para os filhos dos trabalhadores nas obras e das famílias mais humildes do bairro onde surgiu a igreja da Sagrada Família, na altura um subúrbio marginalizado.
Antoni Gaudí transformou em “realidade a convicção que expressava com estas palavras: «os pobres devem sempre encontrar acolhimento no templo, que é a caridade cristã»”.
Neste contexto, o Papa aludiu à beatificação de Maria Bárbara da Santíssima Trindade, que teve lugar a 6 de Novembro, em Porto Alegre, Brasil. A fundadora da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, disse Bento XVI, manifestou “fé profunda e caridade ardente” ao serviço dos mais pobres e necessitados.