Bento XVI admite dificuldades, mas sublinha importância do ecumenismo
Bento XVI visitou este Domingo a igreja evangélica luterana de Roma, 27 anos depois de João Paulo II ter feito o mesmo, num gesto qualificado como histórico.
O Papa, alemão, esteve nesta comunidade que é, na sua maioria, constituída por germânicos, e foi acolhido pelo pastor Jens-Martin Kruse.
A acompanhar Bento XVI estavam os Cardeais Tarcisio Bertone, Secretário de Estado, e Walter Kasper, presidente do Conselho Pontifício para a promoção da unidade dos cristãos.
Na sua intervenção, o Papa sublinhou a importância do ecumenismo, reconhecendo contudo que ainda há divergências em “aspectos essenciais”.
“As nossas divisões são um pecado do qual carregamos a culpa”, indicou, acrescentado que “o caminho dividiu-se em tantos caminhos; desta maneira, o testemunho dos cristãos obscureceu-se”.
Bento XVI lamentou o facto de não ser possível que todos os cristãos celebrem juntos a Eucaristia. I”sto deve entristecer-nos porque é uma situação de pecado, mas a unidade não pode ser feita pelos homens: devemos confiar no Senhor porque somente Ele nos pode dar a unidade. Esperemos que Ele nos leve à unidade”, apontou.
Pertencem à comunidade, dirigida por Jens-Martin Kruse, mais de trezentos membros inseridos em diversas actividades espirituais, formativas e culturais. O Papa esteve com eles numa celebração ecuménica e, em seguida, encontrou-se com os membros do Conselho.