Papa sublinha valor da acção missionária no mundo

Bento XVI sublinhou hoje a importância do compromisso missionário da Igreja Católica nos vários continentes, explicando que “a acção missionária consiste em comunicar aos irmão o amor de Deus”. Recebendo no Vaticano os directores nacionais das Obras Missionárias Pontifícias (OMP), o Papa falou do anúncio desse amor de Deus como “uma questão fundamental para a vida”, repetindo que a Missão é uma urgência pastoral para toda a Igreja. “Graças à animação missionária que promoveis nas paróquias e nas Dioceses, a oração e o apoio concreto às missões são hoje compreendidas como parte integrante da vida de todos os cristãos”, disse o Papa aos responsáveis das OMP, apelando a um “espírito de partilha e comunhão” entre todos os fiéis da Igreja Católica. Citando a sua primeira encíclica, “Deus caritas est”, Bento XVI referiu que “a harmonia das intenções e a desejada unidade das acções evangelizadoras crescem na medida em que toda a actividade tiver como referência Deus que é amor”. A Assembleia Geral ordinária das OMP iniciou-se no passado dia 4 de Maio, em Roma, reunindo 114 directores nacionais das Obras Pontifícias até ao próximo dia 12. A assembleia começou com uma parte dedicada ao estudo de temas missionários, pastorais e organizativos, passando, depois, à avaliação dos pedidos de ajuda que chegam de todo o mundo, distribuindo os fundos disponíveis (193 milhões de dólares no ano passado) para diversos projectos. Obras Missionárias Pontifícias O séc. XIX, após um declínio das missões, caracteriza-se por um despertar missionário e um florescimento de associações missionárias (de 1822 a 1916 registram-se 270). Entre essas Obras destacam-se pela sua universalidade, organização e objectivos, a Obra de Propagação da Fé, Infância Missionária, São Pedro Apóstolo e mais tarde a União Missionária. O Papa Bento XV, na Encíclica “Maximum illud” (1919), classifica-as como instrumentos providenciais e as recomenda a todos os bispos. Pio XI, em 1922, eleva as três primeiras à categoria de Pontifícias. A União Missionária recebeu este título do Papa Pio XII, em 1956. São instituições oficiais do Papa e, consequentemente, de toda a Igreja, para a animação e cooperação missionárias de todo o povo de Deus. O Concílio Vaticano II, no Decreto “Ad Gentes”, consagrou solenemente estas Obras como instrumento principal do Colégio Episcopal – do Papa e dos bispos – para a cooperação na actividade missionária universal da Igreja (AG 38). As Obras Missionárias Pontifícias são o organismo oficial da Igreja universal e de cada Igreja particular para a animação e cooperação missionária universal. As Obras Missionárias Pontifícias são uma instituição da Igreja universal e de cada Igreja particular. Elas exprimem a solicitude do Papa e dos pastores por toda a Igreja. Geram, nos católicos, desde a infância, o espírito de fraternidade universal e missionário, sem o qual não haverá verdadeira cooperação. Atendem e socorrem as mais diversas necessidades de ajuda material e espiritual de todos os povos. Promovem uma eficaz colecta para o bem de todas as missões atendendo às necessidades de cada uma. As Obras Missionárias Pontifícias mantém vivo e circulante, nas comunidades eclesiais, o espírito de solidariedade e de universalismo missionário. O Papa Paulo VI, na Mensagem para o Dia Mundial das Missões de 1963, disse: “As Obras Missionárias Pontifícias são a expressão directa e mais completa da solicitude do Supremo Pastor do rebanho de Deus por todas as Igrejas. Elas, em nosso nome, provêem, segundo um plano universal e com uma visão global, as mais diversas necessidades de ajuda material e espiritual que deve ser destinada a todas as nações”. As Obras Missionárias Pontifícias surgiram e se desenvolveram como organizações diferentes e autónomas. Hoje, elas constituem uma única instituição, embora sendo quatro Obras distintas. “No exercício da sua actividade, estas Obras dependem, em nível universal, da Congregação para a Evangelização dos Povos, e, em nível local, das Conferências Episcopais e do Bispo de cada diocese” (RMi 84). Fonte: www.opf.pt

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